Tecnologia

10 set, 2013

Chips do futuro poderão ser feitos a partir de DNA

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No futuro, o chip do seu smartphone poderá ser feito de um grafeno extraído do DNA. Cientistas da Universidade de Stanford usaram fragmentos de DNA para criar lâminas de carbono e montar um transístor funcional. Os pesquisadores esperam ajudar a resolver um problema do futuro da eletrônica.

chip-dna

O silício tem sido o material semicondutor mais popular usado na fabricação de chips. Os designers têm feito duas coisas ao mesmo tempo para atender essa demanda: encolhem transístores e fazem os chips trabalharem cada vez com mais velocidade.

Mas calor e outras formas de interferência podem perturbar o funcionamento interno de chips de silício, o que faz com que os engenheiros temam que essa evolução fique paralisada pelas limitações do material. Enquanto isso, o grafeno surge com propriedades físicas e elétricas para se tornar um material semicondutor na próxima geração, se os pesquisadores descobrirem como produzi-lo em massa.

A ideia de criar grafeno a partir de DNA não é nova. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já tinham descoberto que era possível fazer esse processo. Mas, agora, os cientistas de Stanford avançaram e demonstraram resultados inéditos.

Os pesquisadores Zhenan Bao, Anatoliy Sokolov e Fung Ling Yap confirmaram que é possível usar o DNA como um doador de material. Isso acontece porque o DNA é fino como uma lâmina e grafeno. Quando esticado, esse material genético apresenta carbono em sua composição.

Os cientistas mergulharam o DNA de bactérias em uma solução em um disco de silício. As hélices do DNA foram esticadas para que se tornassem uma cadeia plana. Em seguida, os pesquisadores acrescentaram uma solução de sal e cobre, cuja reação química fez o DNA absorver íons do metal.

Depois, o disco de silício foi banhado em gás metano e aquecido. As cadeias de DNA e o metano liberaram átomos de carbono, que se recombinaram como fitas de grafeno. Essa liga foi usada, então, como um transístor.

Os cientistas ressaltam que esses resultados são preliminares. Mesmo assim, o processo é escalável, ou seja, capaz de criar o material por um custo reduzido. A notícia é ótima para fabricantes, já que os consumidores querem chips cada vez menores, mais rápidos e mais baratos.

Com informações de Info