A Canonical anunciou ontem, por meio do seu fundador Mark Shuttleworth, que vai encerrar seus investimentos no mercado de telefones. Além disso, a empresa vai voltar para o GNOME e abandonar o desenvolvimento de seu próprio ambiente de desktop Unity8, começando com o Ubuntu 18.04.
Agora, a Canonical vai se concentrar na nuvem e na Internet das Coisas. “Gostaria de enfatizar nossa paixão contínua por investimento e compromisso com o desktop do Ubuntu em que milhões confiam”, afirmou Shuttleworth. “Vamos continuar produzindo o desktop open source mais utilizável do mundo, manter os lançamentos existentes do LTS, trabalhar com nossos parceiros comerciais para distribuir esse desktop, apoiar nossos clientes corporativos que confiam nele e deleitar os milhões de desenvolvedores IoT e nuvem que inovam em cima dele”, completou.
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A maioria das nuvens públicas e privadas funciona em Linux, e muitas delas usam o Ubuntu (embora também haja concorrência com RedHat e outros). Embora a empresa seja mais conhecida pela sua distribuição, ela ganha dinheiro com o apoio a clientes de grandes empresas que desejam executar Ubuntu, OpenStack ou containers (na maioria das vezes, com a ajuda de Kubernetes) em seus data centers.
No mundo do IoT, o Ubuntu Core e o conceito de Snaps da empresa (que permitem instalar e executar um aplicativo de sandbox em cima de qualquer distribuição Linux) também estão vendo alguma tração crescente.
“A escolha, em última análise, é investir nas áreas que estão contribuindo para o crescimento da empresa”, escreveu Shuttleworth. “Essas são o Ubuntu em si, para desktops, servidores e VMs, nossos produtos de infraestrutura em nuvem (OpenStack e Kubernetes), nossas capacidades de operações em nuvem (MAAS, LXD, Juju, BootStack) e nossa história de IoT em snaps e Ubuntu Core”, acrescentou.
Em relação ao Unity8, o TechCrunch acredita que muitos usuários do Ubuntu não ficarão tristes com a decisão. Embora haja usuários que preferem o Unity, o GNOME tem sido o ambiente de desktop mais popular para Linux, e menos fragmentação aqui é provavelmente uma coisa boa, já que ele irá concentrar recursos de desenvolvimento em menos plataformas.