Em um evento aberto 24 horas por dia, é assim: sempre tem alguém com a mão na massa desde cedo. Os campuseiros fazem da Campus Party a casa deles durante 5 dias. Não querem saber se as palestras só vão começar mais tarde. O objetivo é aproveitar a internet, realizar cursos e fazer contatos com outras pessoas do mundo da tecnologia.

Muita gente acampa por aqui. A área das barracas tem capacidade para 12 mil pessoas. Uma imersão profunda em um cenário de troca de ideias e conhecimento. É o caso de Marcio Rodolfo Paasch, professor universitário, da área de marketing, que veio de Blumenau, Santa Catarina, com o filho Leonardo, de 11 anos.

“É uma muvuca de informação, várias coisas acontecendo ao mesmo tempo”, disse Marcio, sobre a impressão que está tendo da Campus Party. É a primeira vez dele e do filho no evento. Leonardo já fez, inclusive, um curso de Arduíno. E até domingo, dia 17 (último dia da Campus Party), os dois pretendem aproveitar muito mais esse encontro.

Um grupo de Uberaba também está aproveitando os 5 dias de evento. A experiência na CPBR começou em 2017 com Norayane, de 25 anos, que trabalha com análise de sistemas. No ano seguinte, ela convenceu o namorado Wesley a vir com ela. E este ano, os dois trouxeram mais duas amigas. Entre elas, Kelly Roberta da Silva, técnica em contabilidade, que está cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro.

“Superou as minhas expectativas. Eu pensava que seria meio bagunçado por ter muitos jovens, mas estou gostando. É um evento que traz muitas novidades e muito conhecimento”, disse Kelly. “Compensa. É um investimento válido”, conclui. E para conhecer tudo e assistir todas as palestras, ela diz que “tem que andar pra caramba”, se referindo ao grande espaço da Campus Party.

Wesley Alves, que trabalha na área de TI de uma construtora de Uberaba, está no segundo ano de Campus Party. Ele diz que sempre se impressiona com a área Open da Campus, com boa qualidade de imagem e de som. “Luzes e Cores para todos os lados. Os palcos não ficam atrás. Tem muito código, muita coisa bacana e inovação”, disse Wesley. Ele já pensa como aplicar no seu cotidiano os conhecimentos adquiridos na CPBR:

“Quando eu voltar para o meu cotidiano, o que eu quero aplicar são formas mais fáceis de fazer o meu trabalho hoje. Dá para criar rotinas que auxiliam, que são bem mais fáceis do que as que eu conheci e trago de bagagem da faculdade”, disse Wesley.

Norayane Soares, que está no terceiro ano como campuseira, disse que este ano teve a sensação de que há poucos estrangeiros “de peso” para fazer palestras na lista de “magistrais”. Mesmo assim, disse que gostou da estrutura e de poder trazer mais pessoas com ela.

Segundo os amigos, em todos os eventos de TI, eles tentam mobilizar mais pessoas. A faculdade onde estudam oferece bolsas para viajarem até este tipo de evento. Mas quando a instituição não disponibiliza, eles se unem e fretam uma van, como ocorreu neste ano.

 

Campus Party

A CPBR de 2019 espera receber, ao todo, mais de 120 mil visitantes e contará com mais de 900 palestras sobre inovação e tecnologia. As apresentações serão divididas em 8 palcos, que cobrem desde assuntos mais técnicos de programação a assuntos como criatividade e jogos.

A Campus Party vai até o dia 17 de fevereiro, no Expo Center Norte.