Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar no ranking mundial de países mais atingidos por ataques cibernéticos, segundo dados recentes do setor de segurança digital. O número crescente de incidentes preocupa empresas e usuários, que enfrentam ameaças cada vez mais sofisticadas.
O especialista em cibersegurança João Brasio, apresentador do quadro CiberAlerta, explica que o país concentra 43% de todos os ataques da América Latina, com destaque para ameaças que visam roubo de dados e informações financeiras.
“Os ataques estão mais complexos e direcionados. Hoje, criminosos utilizam inteligência artificial para burlar sistemas de proteção, criar perfis falsos, automatizar invasões e se infiltrar em redes corporativas”, alerta Brasio.
Entre os principais tipos de ataques que atingem o Brasil, estão os Trojans e os Stealers — programas maliciosos criados para roubar senhas, dados pessoais e realizar movimentações bancárias não autorizadas.
“Esses malwares se disfarçam de aplicativos, links ou e-mails aparentemente legítimos. Um simples clique pode permitir o acesso total do invasor ao dispositivo”, explica o especialista.
Com o aumento do uso de ferramentas digitais e do trabalho remoto, o risco de ataques cibernéticos cresceu significativamente. O especialista recomenda medidas preventivas simples, mas eficazes, como:
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Manter sistemas e antivírus sempre atualizados;
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Não clicar em links ou anexos desconhecidos;
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Evitar o uso de redes Wi-Fi públicas para operações sensíveis;
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Utilizar autenticação em duas etapas e senhas fortes;
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Fazer backups regulares de arquivos importantes.
“Segurança digital não é apenas um tema técnico, é uma questão de cultura. Empresas e usuários precisam entender que a prevenção é o principal escudo contra o crime cibernético”, conclui Brasio.


