Desenvolvimento

22 out, 2016

InterCon 2016: com o Biohacking, desenvolvedores podem ampliar limites do corpo humano

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Qual é o limite do corpo humano? De acordo com Eduardo Padilha, criador da Biohack Academy no Brasil, o uso do biohacking pode trazer a qualquer cidadão empoderamento do próprio corpo e iniciar uma nova era com possibilidades infinitas.

Padilha apresentou a palestra “BioHacking: criando dispositivos de biotecnologia OpenSource/OpenHardware” no segundo dia do InterCon 2016. Ele foi antecedido por Luis Leão, que abriu o auditório Maker falando sobre as raízes dos developers, a “gambiarra”, e a beleza de conseguir construir novas tecnologias da própria garagem.

Durante a sua fala, ele mostrou como é possível, hoje, aliar o desenvolvimento de códigos de computador a possibilidades infinitas de “melhorar” o corpo humano e levar melhor qualidade de vida às pessoas.

“Imagine fazer um download das informações do DNA de uma aranha, desenvolver um código baseado nas teias e fazer o upload dos dados em uma célula humana e possibilitar que a pele se recupere de queimaduras severas”, exemplificou.

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Ele também citou casos de biokacking nos quais californianos conseguiram injetar uma substância presente em peixes abissais para enxergarem no escuro.

Apesar de parecer complicado, ele mostrou ser possível fazer biotecnologia na garagem da sua casa. Na verdade, esse é o objetivo da Biohack Academy – identificar as necessidades da biologia e, por meio de objetos mais baratos que os utilizados nos laboratórios, além dos conhecimentos de programação, criar ferramentas para empoderar os cidadãos e democratizar o acesso à informação científica.

“Agora, a gente não depende de um professor para abrir a porta do laboratório [para fazermos ciência]. Não precisamos nem do laboratório”.

Como exemplo, ele citou uma centrífuga com motor de refrigeração, que chega a custar R$ 32.900, enquanto um aparelhos construído pelo grupo não chegou a R$ 300.

Segundo Padilha, o Brasil tem se firmado como um dos países com mais grupos de estudos – pelo menos oito. “Biohack não tem limite.”