Tecnologia

15 jan, 2015

Baidu constrói supercomputador voltado para projetos de inteligência artificial

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A empresa chinesa Baidu anunciou criação do que afirma ser o supercomputador mais avançado do mundo para projetos de inteligência artificial, cujo foco será, especificamente, o deep learning.

Baidu

Chamado de Minwa, o computador roda um algoritmo de aprendizado capaz de obter resultados muito mais precisos do que outras máquinas que também trabalham com esse tipo de sistema. Para se ter uma ideia, a plataforma do Baidu obteve uma margem de erro de 5,98%, enquanto o supercomputador mais avançado do momento, criado pelo Google, ganhou o prêmio de melhor equipamento do tipo no ano passado por ter obtido um índice de 6,66%.

O diferencial está no uso dos componentes. Enquanto o computador do Google possui uma CPU de mais de mil nodes, o projeto do Baidu prefere utilizar 12 GPUs separadas em três máquinas diferentes. Assim, afirma a empresa, a carga de trabalho é dividida entre diversas instâncias e o processamento acontece de forma mais rápida, com mais compartilhamento de informação e um melhor nível de aprendizado no reconhecimento de imagens e informações.

As parceiras do Baidu nessa empreitada são a Intel e a NVIDIA, que forneceram, respectivamente, os processadores e as placas gráficas para o supercomputador. Além disso, ele está equipado com uma conexão de 56 Gb por segundo, abrindo uma larga banda para que todas as informações analisadas sejam trocadas entre os equipamentos com pouca latência.

Além disso, uma alteração nos parâmetros de entrada foi realizada para que o Minwa pudesse aprender melhor. O Baidu dobrou a resolução das imagens usadas nos testes, de 256 x 256 pixels para 512 x 512 pixels, e o sistema utilizou alterações em parâmetros de cores para analisar trechos separados das fotografias de forma a capturar melhor a cena.

O resultado de tudo isso foi uma melhoria no entendimento. Nos testes, o computador foi capaz de reconhecer um gato a partir de diversas imagens do animal, tiradas de ângulos diferentes. Objetos inanimados e com menos características, como um brinquedo de madeira, também foram acertados pelo supercomputador.

Tudo isso ainda acontece dentro do laboratório, e o Baidu pretende exibir os resultados ao público ainda neste ano.

Com informações de Canaltech