Um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou que o mercado financeiro teve mais de 20 mil ataques cibernéticos registrados ao redor do mundo na última década, gerando perdas estimadas em US$12 bilhões.
Com o passar dos anos e o avanço tecnológico, o setor financeiro tem se tornado cada vez mais digital. Essa modernização, embora crie inúmeras possibilidades para usuários e instituições, também expõe ambos os lados a diversos riscos cibernéticos.
Ataques cibernéticos
No Brasil, o panorama é altamente preocupante também para a população. De acordo com o Datafolha, a cada hora, mais de 4.600 pessoas são alvo de tentativas de golpes financeiros no país, normalmente com criminosos se passando por funcionários de bancos.
Todos esses números alertam para a fragilidade da proteção do setor financeiro, que armazena informações sensíveis e que são acessadas por agentes mal intencionados com facilidade.
Para Rodrigo Rocha, Gerente de Arquitetura de Soluções da CG One, empresa de tecnologia focada em segurança da informação, proteção de redes e gerenciamento integrado de riscos, a sofisticação e o aumento nos ataques evidenciam a importância do mercado financeiro implementar estratégias de defesas robustas e eficazes para proteger não apenas os ativos, mas também as informações sensíveis de seus clientes.
“Este ramo tende a ficar cada vez mais na mira dos cibercriminosos devido à grande quantidade de dados confidenciais e transações administradas pelas corporações”, analisa o especialista.
Ainda segundo o executivo, os ataques mais comuns variam desde phishing e engenharia social, até criptografia via ransomware e violações de dados, em que os criminosos exigem recompensas para evitar o vazamento das informações.
A ameaça de incursões internas e o uso de malware avançado são preocupações adicionais, assim como as deepfakes, que podem ser usadas para fraudar e enganar sistemas de segurança mais complexos.
A estratégia é estar um passo à frente
Apesar dos cibercriminosos atuarem de diferentes formas, Rocha avalia que essa é uma possibilidade que também pode ser adotada na defesa. Para mitigar os riscos das tentativas de ataques, o especialista aponta que a adoção de uma abordagem proativa é fundamental.
“É primordial que o setor financeiro esteja sempre à frente. A complexidade dessas ameaças exige uma atuação proativa e multifacetada, que não apenas identifique e neutralize riscos potenciais, mas também assegure a resiliência operacional a longo prazo”, pontua.
A Inteligência Artificial Generativa é a principal aliada para a implementação dessa abordagem holística. A partir da análise de dados em tempo real, a solução identifica padrões suspeitos, detecta atividades maliciosas e responde automaticamente a incidentes.
“Isso não apenas melhora a detecção de ameaças, mas também a prevenção de fraudes e a gestão de vulnerabilidades das instituições. Investir em IA Generativa é o caminho para um futuro mais seguro para o setor financeiro”, conclui Rocha.