Após a Adobe anunciar que o Flash Player 11.1 pode ser a última versão do Flash para navegadores móveis, Mike Chambers, chefe dos desenvolvedores da Adobe, publicou uma explicação sobre o motivo que levou a empresa a tomar essa decisão.
“A decisão é parte de uma grande mudança estratégica da Adobe”, escreveu Chambers. “Uma dessas mudanças é focar no HTML5, assimm como no Adobe Creative Cloud e nos serviços que ele pode prover”.
Ele ainda listou as cinco razões principais que levou a empresa a se decidir por esse caminho:
- O Flash nunca ganhará muita visibilidade em dispositivos móveis, já que a Apple não quis adotar a tecnologia no iPhone e no iPad. “Não importa o que fizéssemos, que o Flash não estaria disponível no iOS da Apple”, disse ele.
- Entretanto, o HTML5 é onipresente. “Em dispositivos móveis, o HTML5 oferece um nível similar de presença que o Flash Player oferece ao desktop”, afirmou.
- Os usuários não costumam consumir conteúdo em aparelhos móveis do mesmo jeito que o fazem em desktops. As diferenças do tamanho das telas, os problemas com redes sem fio e a disseminação das lojas de aplicativos fizeram do Flash irrelevante em mobiles.
- Desenvolver plugins para mobile é mais desafiador do que para desktop. Isso requer mais parcerias com desenvolvedores de OS, de hardware para mobiles e de componentes manufaturados. “Desenvolver o Flash Player para mobile mostrou que é preciso muito mais recursos do que imaginávamos”, admitiu.
- A Adobe quis mudar mais recursos para HTML5, e liberando o Flash gratuitamente para dispositivos móveis, e que eles façam o mesmo.
Depois, Chambers assegurou aos desenvolvedorees que o Flash é seguro, e explicou que a Adobe fez um termo de compromisso com o Flash Player para desktops, que tem o foco em permitir que desenvolvedores criem aplicativos móveis através da plataforma Adobe AIR.
Ao final, Chambers disse que cada vez mais o HTML5 vai ocupar as funcionalidades do Flash. “Se um recurso Flash é bem sucedido, ele será integrado ao navegador, e se os desenvolvedores e usuários vão acessá-lo cada vez mais pelo navegador, e não pelo Flash”.
“Muitas das coisas que você já fez usando o Flash, fará com o HTML5 e o CSS3 diretamente no navegador”, concluiu.
Com informações de Mashable