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18 jul, 2025

65 anos depois, os apps são o novo campo de batalha cibernético

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42,5% dos consumidores globais já sofreram ataques relacionados a dispositivos móveis, e no Brasil, 74% relatam aumento nas fraudes via engenharia social em apps. As ameaças com IA evoluem mais rápido do que muitas empresas conseguem responder

Faz quase 65 anos desde que o programa Creeper, frequentemente identificado como o primeiro vírus, foi criado por Bob Thomas, da BBN. Mal sabíamos que esse evento marcaria silenciosamente o início de uma batalha global por cibersegurança.

Desde então, a área evoluiu acompanhando cada grande salto tecnológico: da ascensão dos computadores pessoais e da internet até a explosão dos dispositivos móveis e das tecnologias em nuvem. Cada nova era trouxe novas superfícies de ataque, vulnerabilidades e ameaças cada vez mais sofisticadas.

Este 65º aniversário é um lembrete claro de quão longe a cibersegurança chegou e, mais importante ainda, de como se tornou crítica a necessidade de defesas modernas e adequadas.

Embora o Creeper tenha começado como um simples experimento, ele marcou o início de uma batalha cada vez mais complexa entre cibercriminosos e defensores.

Nos últimos anos, houve uma escalada rápida nas ameaças, desde trojans até tecnologias alimentadas por inteligência artificial. Pode-se dizer que uma das mudanças mais impactantes aconteceu no cenário mobile.

Os aplicativos móveis tornaram-se o principal alvo de ciberataques à medida que empresas adotam novos modelos digitais.

Essa transição para o mobile é visível em toda a América Latina. No Brasil, os aplicativos móveis já superaram os sites como principal forma de interação dos consumidores com marcas, gerenciamento de finanças e atividades do dia a dia.

Segundo o Consumer Report 2024, da Appdome, os apps dominam setores como bancos (39,8%), delivery de comida (43,5%) e pagamentos digitais (25,1%). Esse uso intensivo não passou despercebido pelos criminosos: o relatório também revela que 48% dos brasileiros já foram vítimas de ataques cibernéticos e fraudes relacionadas a apps móveis.

“À medida que os ciberataques evoluem, os danos que causam também aumentam. Já se foi o tempo em que vírus eram apenas incômodos. Hoje, os ataques são precisos, motivados financeiramente e cada vez mais automatizados. A IA está sendo usada não só para gerar deepfakes capazes de burlar reconhecimento facial, mas também para orquestrar fraudes em grande escala por meio de engenharia social e falsificação de aplicativos móveis,” afirma Chris Roeckel, Chief Product Officer da Appdome.

As forças que estão transformando a equação da segurança

Os aplicativos móveis se tornaram a espinha dorsal da vida moderna. Eles viabilizam tudo de operações bancárias e compras a comunicação e entretenimento. No entanto, essa dependência criou um terreno fértil para cibercriminosos.

Os invasores se aproveitam da natureza fragmentada da segurança mobile, explorando falhas no processo de DevOps e no comportamento dos usuários. Eles enganam pessoas para instalarem malware, caírem em golpes e, sem querer, exporem dados sensíveis.

Crescentemente, essas ameaças são impulsionadas por redes de fraude baseadas em IA, que evoluem em poucas horas e passam facilmente por defesas tradicionais e estáticas.

A percepção crescente entre consumidores de que as empresas não estão fazendo o suficiente para proteger suas informações é preocupante. O relatório aponta que 24% acreditam que desenvolvedores simplesmente não se importam com segurança, um sentimento que triplicou desde 2021.

Ao mesmo tempo, os consumidores estão cobrando responsabilidade: 90% afirmam buscar informações sobre políticas de privacidade e segurança antes de instalar um app, e 69% dizem que abandonariam um aplicativo se descobrissem que ele não protege seus dados.

Ameaças nativas de IA são reais – e crescentes

Novas fronteiras de cibersegurança estão surgindo rapidamente. A inteligência artificial já está moldando tanto estratégias ofensivas quanto defensivas. À medida que as ameaças escalam exponencialmente, as equipes de cibersegurança precisam aproveitar a eficiência e adaptabilidade da IA.

A tecnologia amplia o poder das ameaças, criando vetores de ataque em uma velocidade sem precedentes. Equipes que resistem a defesas nativas de IA correm o risco de serem superadas por adversários que usam IA, colocando o negócio em sério risco.

“A cibersegurança mobile e a defesa contra fraudes estão em um ponto de ruptura,” disse Chris Roeckel.

“Os ataques movidos por IA estão mais rápidos do que nunca, enquanto as defesas manuais e codificadas não conseguem acompanhar. Ao mesmo tempo, as equipes de desenvolvimento de aplicativos lançam atualizações em ritmo recorde, impulsionadas pela automação. Essa não é uma ameaça do futuro  é a realidade atual. As equipes de segurança e prevenção de fraudes estão enfrentando uma enxurrada de ameaças, mais rápidas e sofisticadas do que nunca. A única forma de se manter à frente é adotar plataformas de defesa nativas de IA, que embutem inteligência em todas as camadas de proteção. Isso é chave para oferecer mais segurança, com menos esforço manual, menor custo e no ritmo do DevOps.”

Sessenta e cinco anos após os humildes começos da cibersegurança, as ameaças são mais complexas e as consequências, mais severas. As ferramentas de defesa precisam ser mais poderosas, automatizadas e escaláveis do que nunca. Para empresas que operam em um mundo onde o mobile é prioridade, proteger o aplicativo deixou de ser uma boa prática é uma necessidade de negócio.

Para saber mais sobre como a Appdome ajuda marcas globais a proteger a economia móvel, acesse appdome.com.