“…É incrível como a internet tem poder sobre as pessoas, conseguindo fazer com que as mesmas mudem de opinião com facilidade e rapidez…”
Eu
sei que é uma frase bastante direta e talvez inadequada para iniciar um
artigo, mas é o modo como gosto de escrever (quem conhece meus textos
mais antigos já está acostumado, e quem não conhece logo vai entender o
motivo) e tenho certeza de que não vai dificultar seu entendimento do
tema. Mas chega de enrolação, vamos ao que interessa.
A frase acima é apenas uma das várias que constam no meu bloco de
anotação de idéias. Sempre que tenho uma “luz” eu anoto, para mais
tarde polir a idéia dentro de um texto como este que você está lendo
agora. Esta frase, especialmente, foi uma das primeiras “luzes” que
tive, e ela veio durante o 12º Encontro de Web Design em Porto Alegre, no
ano de 2007, na palestra do Raphael Vasconcelos (AgênciaClick),
onde ele falava sobre comunicação interativa e sem querer abria minha
cabeça para o mundo da publicidade digital.
Mas uma coisa que eu
não entendia era o porquê de a internet ter todo este poder de
persuasão sobre as pessoas. Como pode uma tela convencer alguém a comprar
um produto um serviço? Como um layout bonito e funcional pode trazer
lucros para uma empresa? Realmente não era simples para eu entender, na época. Somente depois de muito tempo de reflexões e observações é que cheguei a algumas conclusões, que gostaria de compartilhar com vocês.
Uma das reflexões que
cheguei é a de que quanto maior o nível de intimidade que você tiver
com o emissor de mídia, maior impacto esta mídia irá causar em você. Se
você vir um cartaz de um filme na rua, você não vai sair correndo
assistir o mesmo, mas se um grande amigo te falar bem do filme, você
vai ter vontade de assisti-lo.
Isso se dá pela relação de
confiança que depositamos no nosso amigo. O ser humano é inseguro por
natureza, logo o medo de errar sempre é presente, e acaba nos
reprimindo de alguma forma, mesmo sem percebermos. Se tivermos muita
intimidade com o transmissor(nosso amigo), logo teremos muita confiança
no mesmo, desse modo concluímos que nosso medo de errar é inversamente
proporcional à confiança que temos no transmissor, pois a confiança
diminui nosso medo e insegurança. Se não tivermos medo de errar, não
teremos nada nos reprimindo, e logo não teremos receio de provar o que
o transmissor está nos passando.
Mas qual a relação disso com
as redes sociais citadas no título? Pois bem, o que abstratamente uma
rede social representa para a gente? Vários amigos! Mesmo que em
alguns casos conheçamos alguns somente de vista, a internet acaba por
nos transmitir uma falsa sensação de intimidade com eles. Se levarmos
em conta que quanto maior a relação de intimidade que temos com o
transmissor (rede social=amigo), maior o impacto da mídia sobre nós,
logo chegamos à conclusão que o poder de persuasão de uma rede social é
quase igual ao poder de persuasão que um amigo tem sobre a gente. Mesmo
sendo uma falsa sensação de intimidade, nosso cérebro não sabe
diferenciar, ele se formou sem ter conhecimento dessas tentativas de
“enganá-lo”, e ainda não está adaptado a isso.
Desta forma
podemos nos aproveitar disso para mostrar nossa mídia de uma forma não
agressiva e direcionada, e termos um grande impacto sobre o receptor
sem queimar a nossa mídia nem desgastar nosso público-alvo.
Claro que isso pode não significar nada, é apenas minha opinião.
Mas
nunca se esqueça, quando investir numa rede social, está quase fazendo
um “marketing boca-a-boca”, pois é um amigo falando bem de seu produto
ou serviço para outro amigo.
Abraço e tenham uma ótima semana!