DevSecOps

10 fev, 2011

Capacity Planning: conceito, importância e visão geral – Parte 02

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No artigo anterior, abordamos em síntese a importância e o objetivo de ter e de manter um processo de gerenciamento de capacidade funcional na sua organização.

Também iniciamos uma breve discussão sobre quais dimensões dentro de TI devem ser uma preocupação, basicamente listei 3 aspectos que afetam diretamente o gerenciamento de capacidade:

  • Projetos
  • Crescimento natural do negócio
  • Desempenho computacional e melhorias.

Foram abordados a dimensão que trata de projetos, e o crescimento natural do negócio – este último aberto em alguns itens:

  • Conhecer quais volumes de negócio se relacionam a quais elementos de infraestrutura.
  • Conhecer quais linhas de serviço de TI os volumes de negócio atendem.
  • Conhecer as principais características que impactam os servidores.
  • Agrupar os servidores por linhas de negócio/serviço.

 Neste artigo, veremos sobre os dois primeiros itens:

Conhecer como o negócio se relaciona a TI e quais serviços de TI atendem o negócio.

Conhecer os volumes de negócio da organização é imprescindível para os trabalhos do gerenciamento da capacidade. Para tal, precisa ser criado um fluxo formal em que a área de capacidade esteja envolvida na comunicação antecipada do orçamento e da definição estratégica da empresa.

Receber essas informações permite que o planejamento de capacidade estime recursos e custos com a antecedência desejada. Aqui é importante também acompanhar o andamento em follow up mensal com as áreas de negócio dos números executados de forma a realizar os ajustes necessários a cálculos e projeções, já que a constante reavaliação do planejado pelo executado agrega mais segurança ao processo.

Assim, precisamos conhecer quais sistemas sofrem impactos com o aumento desses volumes. Aqui o conhecimento e a documentação sistêmica são importantes – por exemplo, um sistema de emissão de nota fiscal cresce de acordo com a quantidade de vendas, e seu pico depende do dia de maior movimento (provavelmente próximo aos dias de pagamento); já uma intranet utilizada pelo call center cresce com o número de atendentes e atendimentos, e tem seu pico de acessos de usuários nas trocas de turnos e no horário de maior numero de ligações.

Para construir essa visão, precisamos conhecer e ter controle sobre quais áreas e, consequentemente, quais negócios da empresa são atendidos por serviços de TI. Por exemplo, o sistema de nota fiscal abordado anteriormente pode atender a uma cadeia de lojas de uma empresa varejista, e o total desse volume pode ser dividido por região e ser atendido por determinados recursos (infra/sistemas/fornecedores).

Esses dados e mapeamentos serão a base do plano de capacidade, amplamente discutido e controverso nas fontes disponíveis na internet (inclusive alvo de questionamento na ultima publicação). O plano de capacidade é a consolidação do planejamento de investimentos de TI da empresa, é o documento que defenderá o investimento em infraestrutura/sistemas e, por meio dele, você terá uma ferramenta objetiva para comprovar como TI se alinha ao negócio e como o investimento em TI se traduz em ganho para a empresa.

No próximo artigo, vamos iniciar a discussão sobre métricas, ou seja, conhecer como o volume afeta a TI e, efetivamente, o que fazer com esses dados.

Até a próxima!