Design & UX

10 fev, 2015

GIMP como alternativa ao Photoshop

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Quando falamos de software livre para designers, a primeira menção é o GIMP. Isso porque ele é largamente utilizado por ilustradores dado às ferramentas de fácil manipulação e a interface ‘explodida’ do software.

Os boxes não ficam presos dentro do software (coisa que o Photoshop só veio implementar na versão mais recente, o CC), então fica muito mais rápido pintar com tablet utilizando paleta de cores personalizada.

Quanto à comparação óbvia entre ele e o Photoshop: o GIMP se propõe a ser uma opção compacta para pequenos ajustes em imagens. É claro que eu, como usuária de Photoshop desde a versão 7, tive minha produtividade um pouco afetada pelo software (existe um tempo de adaptação para entender como as ferramentas se comportam e achar a solução certa dentro da esfera GIMP que reproduza o efeito desejado), mas a leveza do carregamento e da aplicação das configurações realmente faz uma diferença enorme.

direitos de imagem: gimp.org
direitos de imagem: gimp.org

O GIMP é aconselhado para edição e retoques em imagens. Você pode criar a partir do zero e até produzir animações simples. Ele suporta camadas e canais, tem uma avançada função de gradiente, paths e quick masks, além, é claro, das ferramentas padrões básicas de manipulação: cortar, redimensionar, escalar, conversão de formatos, etc.

Com ele você pode produzir tanto para web como para impressão, sem nenhuma limitação.

Ele ainda tem alguns recursos sem nenhuma função análoga no Photoshop, como por exemplo o Cage Transform, que permite fazer transformações de escala em apenas partes selecionadas da imagem.

Em uma pesquisa rápida na internet, podemos encontrar alguns apontamentos sobre a curva de aprendizado da interface do GIMP comparada com a do Photoshop e, inclusive, como solução, é sugerido o GIMPSHOP, uma distribuição adaptada do GIMP com a carinha do concorrente comercial.

Também tem a questão do GIMP não abrir arquivos em formato RAW, mas que pode ser facilmente contornada com o plugin UFRaw.

As predefinições CMYK do GIMP também são bem enxutas por padrão, e tudo pode ficar do jeito que você precisa adicionando alguns plugins, basta mapear a necessidade.

E, certamente, o maior problema é a abertura de arquivos PSD: isso se dá porque o GIMP suporta o formato em partes. Os clientes freqüentemente fornecem os arquivos PSD e os resultados práticos da abertura desses arquivos no software nem sempre são ideais. Este formato de arquivo é frequentemente citado como um obstáculo para novos adeptos, e é provavelmente a principal razão de o GIMP não ser tão amplamente adotado como poderia.

Eu acompanho já há algum tempo a GIMP Magazine, que é rica em referências de artistas que usam a ferramenta e traz conteúdo relevante sobre versões do software e o que ele possibilita fazer, além de dicas importantes pra iniciantes e veteranos do open source.

Embora existam algumas ressalvas óbvias para adotar GIMP, esses obstáculos, muitas vezes tornam-se menos importante quando se compara os custos. O GIMP é livre e de graça – investimento melhor, impossível. Por outro lado, o Photoshop, na sua versão em nuvem (ou CC) saí por cerca de R$49,99 sozinho e R$109,00 com a suite completa. E isso é pago mensalmente em um contrato minimo de 1 ano, o que é muito dinheiro para a maioria de nós especialmente se você não utilizar o software todo dia.

Em um próximo artigo falarei sobre o Inkscape como alternativa para o Illustrator (ou Corel Draw).