Design & UX

23 ago, 2017

Entendo a usabilidade como ciência

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Em todo o momento que vamos desenvolver uma aplicação, independente da plataforma, nos deparamos com um conceito muito comum, porém nada simples, a usabilidade. Vejo muita gente falando sobre usabilidade de forma banal, sem se preocupar realmente com a pesquisa que deve ser desenvolvida para que uma aplicação seja realmente considerada de boa usabilidade.

Vejamos algumas definições de usabilidade:

“Um conjunto de atributos que dependem do esforço necessário para uso e da avaliação individual desse uso, por um conjunto de usuários declarado ou implícito.” (ISO 9126);

“A medida em que um produto pode ser usado por usuários especificados para alcançar metas especificadas com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.” ISO 9241 -11 (1998) Orientação na usabilidade, também emitido pelo International Organization for Standardization.

Mas o que isso quer dizer? Em uma definição menos robusta, eu acredito que podemos “traduzir” da seguinte forma, (falando em uma aplicação de software): Uma aplicação que é facilmente utilizada pelo grupo de usuários para a qual foi desenvolvida, levando em consideração a generalização e as particularidades dos usuário do grupo.

O problema com essa pseudo-definição que eu propus é o termo “facilidade”. É um termo muito abstrato. E é por isso que é importante entendermos que facilidade aqui é entendida como efetividade, eficiência e satisfação.

Existem alguns padrões de design que vocês podem pesquisar a respeito dos padrões de usabilidade:

  • ISO 13407;
  • ISO 9241;
  • ISO 14915;
  • IEC TR 61997;
  • ISO/IEC 19021;
  • ISO/IEC 18019.

 

Agora um pouco de prática

De acordo com Nielsen, podemos medir a usabilidade com os seguintes fatores:

  • Facilidade de aprendizado;
  • Eficiência de uso;
  • Facilidade de retorno;
  • Frequência de erros;
  • Satisfação subjetiva.

Para medirmos estes fatores podemos utilizar o modelo da engenharia da usabilidade. Este modelo consiste em Pré-design, design e pós-design.

No pré-design as características abaixo devem ser levadas em consideração:

  • Conhecer o usuário;
    • Características individuais e tarefa a ser executada;
  • Análise competitiva;
  • Metas de usabilidade.

Dentro do design temos dois grandes blocos que podem ser divididos em design inicial e desenvolvimento iterativo. O design inicial é composto por métodos participativos, guidelines, design coordenado e padrões (que garantem a identidade do produto).

O desenvolvimento iterativo é composto por prototipagem, teste e design rationale. Essa etapa é um ciclo que inicia e termina na prototipagem.

Para terminar este modelo de engenharia, nós devemos ir para o pós-design que é composto pelo feedback colhetado no estudo de campo.

 

Métodos de avaliação

A seguinte tabela a seguir relaciona o custo da avaliação com o custo da reconstrução.

Modelo conceitual Protótipo
Sem usuário Analisar tarefas;

Analisar usuários;

Cenários;

Avaliação heurística;

Passo a passo cognitivo;

 

Com usuário Entrevistas;

Usabilidade pluralistica passo a passo;

Encenar cenários;

Desenvolvimento participatório;

Avaliação heurística co-operativa;

Usabilidade pluralistica passo a passo;

Testes de usabilidade;

Custo de reconstrução aumenta da esquerda para a direita e o custo de avaliação aumenta de baixo para cima.

No próximo artigo nós iremos avaliar os métodos, a inspeção e a avaliação heurística. Você sabe quantos avaliadores são necessários para encontrar a maioria dos erros de um sistema a ponte de deixá-lo com uma alta usabilidade? Nós chegaremos lá no próximo episódio.

 

Caso tenha ficado com alguma dúvida, não hesite em comentar.