Cloud Computing

21 dez, 2012

Previsões para 2013: olhar para trás, impacto no negócio lá na frente

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A coisa mais simples e óbvia de ver para o novo ano é que as tecnologias para nuvem, leves e móveis continuarão a exercer um papel cada vez mais importante na TI corporativa. Essa afirmação ganha força quando se vê que não há uma vontade para projetos imensos que fazem as organizações crescerem para os lados e não para frente. E a oportunidade de reduzir esses custos pode não ser o principal motivador. Se a empresa quiser inovar, é preciso selecionar um projeto razoável e factível que pode ser bem executado e com rapidez. Prevejo que são essas as tecnologias que resolverão os problemas de prazo mais do que quaisquer outras.

Quando você começa a olhar para tudo em termos de prazo em vez de dinheiro, o panorama e as soluções começam a mudar. Por exemplo, projetos middleware frequentemente são associados com mudança em escala. Pensar sobre a mudança do mainframe e cliente/servidor para a web. Pensar sobre a mudança das aplicações web para a arquitetura orientada a serviços (SOA na sigla em inglês). Tudo tem sido “grande” há muito tempo. Grande significa caro. Grande significa moroso. Se a empresa quiser vencer o jogo, é preciso pensar no que é mais barato e mais rápido, por exemplo, pagar por aplicação ou por quantos recursos ela consome, ou mesmo pagar pelo número de conexões em seu barramento corporativo de serviços (ESB na sigla em inglês). Com exceção da nuvem pública, sabe-se que não é assim que ocorre nas empresas. Acredito que há uma oportunidade única e certamente interessante para tecnologias middleware, diferente do jeito que fazemos atualmente.

Dois fatores poderão impulsionar do ponto de vista das funcionalidades: computação em nuvem e desenvolvimento leve. Com seu modelo de entrega viável e acessível, a nuvem permitirá que o middleware seja adotado em lugares em que nunca fora antes, incluindo potencialmente até o espaço das PME. Tenho visto o entusiasmo crescendo em torno da nuvem nos últimos anos, e isso agora está se traduzindo em ação. O que mostra o middleware por toda parte e, para as massas, pode se tornar uma realidade, desde que grandes e morosas barreiras comecem a encolher.

A mudança para frameworks e contêineres leves não é nova em si, mas o desenvolvimento leve precisa de uma arquitetura robusta. Agora, esses projetos precisam se conectar com alguns back ends ou SOAs. É necessário ter equilíbrio para dar às pessoas que mais se importam com riscos a confiança de que funcionará. Acredito que a Red Hat virou uma página importante com o JBoss Enterprise Application Platform 6 neste ano, e o desejo da empresa é continuar progredindo ainda mais no próximo.

Por fim, uma área que já está no mainstream é a computação móvel. Mas é provável que se acelere o ritmo de adoção ainda mais nas corporações. As organizações que fazem negócios com os consumidores – por exemplo, empresas dos segmentos de saúde e bancos de varejo – estão buscando aprimorar significativamente a experiência móvel para seus clientes. Ser capaz de fornecer serviços através de um telefone, tablet ou dispositivo embarcado é, na minha opinião, incrivelmente importante hoje e talvez mesmo o fator mais importante em nosso mercado.

Contudo, não se trata apenas do lado do consumidor. O chamado movimento Bring Your Own Device (BYOD) espelha essa tendência a partir de uma perspectiva corporativa. Essas mudanças podem levar a mais opções de escolha, e as aplicações para celulares e tablets também poderão exercer uma grande influência na maneira como a TI leva as tecnologias para o trabalhador do conhecimento. Como a tecnologia móvel se encaixa na nuvem e no desenvolvimento leve? Bem, os usuários finais são aqueles que estão exigindo que as linhas de negócio (LOBs) mudem rapidamente. A tecnologia móvel é a que, em última análise, poderá reunir tudo e ser pivô para o middleware caminhar para a frente desde que viabilize a nuvem e o desenvolvimento leve.

Espero que algumas dessas reflexões ecoem com o que você tem visto ou ouvido. A nuvem, tecnologias móveis e leves continuam a exercer um papel na construção do panorama do TI corporativo, mas em novas e empolgantes maneiras. Essas tecnologias se tornaram ferramentas – os meios para novos fins – e não creio que estamos sequer próximos de ver a total extensão de seu impacto no mundo. À medida que essas tecnologias amadurecem, novas portas se abrirão e se criarão novas visões, e é isso o que faz de agora um momento empolgante para fazer parte da ação na Red Hat.