Cloud Computing

21 abr, 2011

Mitos do cloud computing

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A imagem destaca o rei dos deuses, Zeus, com umas
nuvens bem carregadas e aparentemente em um temporal, não?! É mais ou menos
assim que quero começar este artigo, destacando que o tema cloud computing
muitas vezes sofre um grande temporal e muitos raios são disparados em cima
dele, até mesmo por pessoas que “se dizem” especialistas em TI, mas…. são
apenas mitos!!

“Cloud computing é inseguro, se colocar seus arquivos na
nuvem você não saberá em que lugar do mundo eles podem estar, migrar seu
sistema interno pra cloud pode ser um grande risco, se o cliente não tiver
acesso a aumentar os recursos em tempo real não é cloud de verdade”, e por
aí vai uma grande quantidade de absurdos (no meu ponto de vista) que ouço falar
a respeito da tecnologia de cloud computing. Tudo bem, ver isso em fóruns de
discussão é normal, afinal muita gente fala que é o tal (atrás do computador) e
na verdade não sabe de nada, está ali apenas comentando pra falar besteira e
causar discussão, mas a partir do momento em que eu começo a escutar coisas desse
tipo de pessoas que “se dizem” especialistas em TI, o assunto começa a ficar
mais sério. Especialistas?! Hã?!

Vamos lá, vou comentar apenas alguns desses mitos e de modo
resumido (mas que dá pra compreender), senão terei que escrever um livro aqui e
pelo tamanho que ficaria o artigo acabaria espantando muita gente.

1) Cloud computing é inseguro porque você não sabe em que
lugar do mundo seus arquivos estão, podem estar em outro país e caso aconteça
algum problema você vai abrir um processo internacional.

Hamram, a gente coloca os arquivos dos clientes nas nuvens
de verdade, e elas ficam vagando pelo planeta, sabe deus onde elas estarão
agora! É lógico que isso não existe, se você assinar um serviço gratuito pela
internet talvez até possa estar espalhada pelo mundo, mas ninguém que use uma
aplicação de nível corporativo vai assinar um serviço gratuito, não é? Nós
sabemos, sim, exatamente onde estão os arquivos de todos os nossos clientes de
cloud computing: no país chamado Brasil, na cidade chamada São Paulo, dentro de
um datacenter na zona central e, mais especificamente, dentro dos HDs dos
storages.

2) Dependendo do caso, colocar os arquivos “na nuvem”
pode ser mais caro ou mais barato que colocar “em discos”.

Essa frase por um lado está correta, sim, tudo depende do
caso, e pode sair mais caro ou mais barato colocar ou não um sistema em cloud
computing, mas o termo “na nuvem x em discos” apenas confunde a cabeça de muita
gente sobre o funcionamento da tecnologia. Onde os arquivos dos clientes de
cloud computing ficam guardados? Como disse acima, nos HDs dos storages. E o
que são HDs? Discos, apenas discos, não nuvens que ficam vagando pelo planeta!

3) Migrar seu sistema interno a que apenas você tem acesso
para “a nuvem” é totalmente inseguro, você fica vulnerável a ataques de
hackers.

Opa, pera lá! Você está falando de intranet x extranet não?
O que tem a ver com a tecnologia de cloud computing? Migrar um sistema interno
(intranet) para “a nuvem” na verdade está se referindo apenas a migrar para a
internet (extranet), apenas isso! Um sistema hospedado em cloud computing tem
os mesmos riscos de ataques do que um sistema hospedado em servidores
dedicados, clusterizados, compartilhados etc.

4) Se o serviço de cloud ofertado pela empresa não der
acesso para o cliente aumentar os recursos em tempo real, não é cloud de
verdade.

Por que um cliente corporativo vai querer deixar de focar em
seu negócio para se preocupar com elasticidade, se existe uma equipe
especializada em dimensionamento a sua disposição? Pode ser uma função muito
boa, sim, dependendo do perfil de cliente que a empresa quer atingir. A
tecnologia de cloud computing consiste basicamente em ter vários servidores
funcionando em conjunto e que formam uma grande nuvem de recursos, sendo
migrada automaticamente para outros servidores caso um servidor falhe. A
empresa que vende tem total acesso para aumentar ou para diminuir os recursos de
cada cliente, fazendo isso praticamente em tempo real, mas o fato de o próprio
cliente ter ou não esse acesso não siginfica que é “cloud de verdade” ou não.
Muitos clientes não querem nem saber de administrar nada, querem apenas
funcionando e que resolvam se der algum problema!

5) Qual o diferencial então de botar um site ou sistema
em cloud computing?

Basicamente: estabilidade, elasticidade e economia.
Estabilidade, pois como você está trabalhando em um ambiente que possui
servidores redundantes, se algum falhar, outro vai assumir automaticamente sem
que o cliente seja afetado. Elasticidade, pois você pode aumentar ou diminuir os
recursos contratados rapidamente, portanto, caso sofra um boom de acessos, pode
rapidamente fazer um upgrade para aguentar o tranco. Economia, pois o serviço
sai muito mais em conta do que contratar servidores dedicados clusterizados para
que tenha redundância, e muitas vezes a aplicação não consome quase nada dos
recursos desses servidores. Já em cloud você contrata exatamente de acordo com
a sua necessidade, sem desperdiçar recursos, energia elétrica e espaço.

Se você está pensando em migrar seu site ou
aplicação para cloud computing, não fique com medo dessas coisas que você houve
falar por aí. Como tudo que chega para revolucionar, sempre há aquelas pessoas
do contra que querem botar essa inovação para baixo, inventam problemas e mais
um monte de coisa. O cloud computing chegou para revolucionar, e já está
revolucionando! Os números de vendas e os investimentos que as empresas estão
fazendo comprovam isso.