Carreira Dev

7 abr, 2008

O dólar cai, a TI sobe!

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O dólar entrou num processo de declínio, que nos parece quase interminável. Todos os dias os telejornais ou rádios anunciam frases sobre a queda da moeda, que de tão repetitivas, nos parecem até sonoras: “E a Bolsa de Valores fechou mais uma vez com o dólar em queda”; “A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) apresentou queda de 1,5%…”, “O preço do dólar mais uma vez…” etc. Os valores da moeda nunca são muito atraentes, e colocam muitas pessoas e empresas em desespero e ainda põem em risco as economias globais. Será que de alguma forma isso seria benéfico para o Brasil?

A resposta será afirmativa, quando se falar da importação de insumos para a TI (Tecnologia da Informação), notebooks, desktops, impressoras, toda à parte de infra-estrutura e também de softwares. Nunca foram vistas tantas promoções em sites ou em lojas de varejo que acabam incentivando a aquisição desses produtos. Com parcelas mínimas para pagamentos, os brasileiros podem comprar esses produtos e também diversos tipos de equipamentos eletrônicos. O brasileiro está conseguindo realizar o sonho do primeiro computador.

Sem falar no uso da Internet, segundo informações do Ibope/NetRatings, no período de um ano o Brasil ganhou 7,1 milhões de novos usuários ativos mensais. Dessa vez, o Brasil cresceu mais do que os Estados Unidos, que vieram com um crescimento de 4 milhões de pessoas conectadas à web.

O momento é positivo também para micros e pequenas empresas que desejam implantar ou implementar os sistemas de tecnologia, pois as altas cargas tributárias têm tornado os seus recursos para investimento quase sempre escassos, fato que conseqüentemente posterga o seu crescimento. Agora é tempo de começar a traçar investimentos para a renovação ou a inserção de sistemas de tecnologia, em curto prazo é claro, pois é impossível prever quanto tempo essa onda irá durar.

No entanto, mesmo que impulsionados pelo momento, cabe ao empresário o estudo e melhores condições de investir na área, para que os seus recursos não sejam dispendiosos e acabam não atendendo as expectativas em longo prazo. É necessária uma análise profunda de quais recursos, hardwares ou softwares, irão atender melhor a corporação e pensar sempre em soluções web based (baseadas na web), que podem ser renovadas a todo e qualquer momento, sem que isso demande altos investimentos a elas posteriormente. Quando o investimento não é proveitoso, irá se tornar no futuro nada mais que desperdício, o que muitos querem e desejam evitar.

Como toda a balança tem dois lados, a crise do dólar tem evidentemente o seu lado negativo apontado para os exportadores de produtos de Tecnologia da Informação, que com a valorização do real acaba não beneficiando o setor. Antes o papel do Brasil como exportador de insumos tecnológicos era pequeno, agora se políticas adequadas não forem tomadas e assimiladas em um curto espaço de tempo, ficará mais difícil ainda qualquer tipo de ação de vendas externas.

E se pensarmos também em outros setores que perdem com as variações cambiais, como o setor agropecuário, será analisado apenas os aspectos negativos, e nunca vislumbraríamos o crescimento de outros setores ou de partes da sociedade, como aqueles que desejam e podem investir em Tecnologia da Informação, para esses o momento é de comemorar.

O investidor, antes de tudo, deve alinhar as suas estratégias de crescimento empresarial e mercadológico com o que a tecnologia poderá oferecer para o seu negócio. Existem situações e momentos que podem interferir no curso de empresas, desde que esses sejam bem aproveitados. A queda do dólar pode ser aproveitada e comemorada, mas antes de executar planeje e garanta, num curto espaço de tempo, um futuro promissor para o seu negócio, pois a tecnologia é base para isso.