Cada linguagem de programação tem sua forma de lidar com tipos, por exemplo: C é uma linguagem fracamente tipada. O que pode ser visto nesse exemplo:
char a= 'a', b='b';
float c = a + b;
Ele que mostra que podermos somar dois chars e atribuirmos a um float (ao longo do texto o conceito de “fracamente tipada” ficará mais claro).
No entanto, Ruby é dinamicamente, implicitamente e fortemente tipada. Vejamos o que cada um destes adjetivos significa:
Dinamicamente tipada
Quer dizer que a cada interação, o tipo é verificado. Isso fica claro no seguinte exemplo:
x = 100
(1..4).each{ x = x * 100 ; puts "#{ x.class} #{x}" }
Que gera o resultado:
Fixnum 10000
Fixnum 1000000
Fixnum 100000000
Bignum 10000000000
Como podemos ver a variável x começa como Fixnum e conforme aumenta, passa para Bignum – sem a necessidade de uma conversão.
Essa característica gera vários pontos positivos na linguagem, tais como:
- Diminui a verbosidade, pois não há a necessidade de fazer conversões;
- Tende a facilitar a vida do programador pois não há a preocupação com conversões.
Mas neste contexto nem tudo são flores. Vejamos os pontos negativos:
- A linguagem tende a ser mais lenta em tempo de execução, devido ao fato de que, a cada interação, o tipo deve ser verificado;
- Pode confundir o programador, pois ele pode não saber exatamente com quais tipos está tratando.
Implicitamente tipada
Continuando no mesmo exemplo, quando fizemos x = 100 não precisamos declarar o tipo de x. Ou seja, não foi necessário fazer algo como: Fixnum x = 100. Isso acontece pelo fato do Ruby detectar o tipo de cada variável em tempo de execução. Uma boa analogia para este fenômeno é pensar nas variáveis como se fossem caixas fechadas e seus dados como fitas coloridas onde o interpretador abre a caixa e verifica as cores das fitas.
Novamente, os pontos positivos e negativos são muito semelhantes aos relacionados a tipagem dinâmica. Veja:
Positivos:
- Diminui a verbosidade, pois não há a necessidade de fazer declarações.
Negativos:
- A linguagem tende a ser mais lenta, pois o tipo é verificado em tempo de execução de acordo com a analogia das caixas e fitas;
- Pode confundir o programador, pois ele pode não saber exatamente com quais tipos está tratando, já que não existe a declaração dos mesmos.
Fortemente tipada
Este é um conceito confuso, mas uma boa forma de explica-lo é dizer que todas as variáveis devem ter um tipo, ou seja, fazer parte de uma classe, no caso do Ruby, e que cada tipo segue a risca seu contrato. Por exemplo:
a = 100
b = "Ruby on Rails"
a + b
TypeError: String can't be coerced into Fixnum
from (irb):54:in `+'
from (irb):54
Como você notou, em Ruby não podemos somar um String com Fixnum, pois essa operação não está no contrato da classe String e Fixnum.
De fato, o assunto não acaba por aqui. Existem alguns materiais na web e em livros sobre isso. Em vista disso, e no intuito de incentivar a pesquisa, deixo algumas referencias:
Obs.: Os tipos em Ruby na verdade são classes, ou seja, não existem tipos primitivos e sim objetos que pertencem a classes. Por exemplo:
a = 1 # a pertence a classe Fixnum
Até a próxima!