E-commerce

1 abr, 2013

Como aumentar a conversão da sua loja com Front-End

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“Front-end é a parte do sistema de software que interage diretamente com o usuário” – Fonte: Wikipedia

Como se pode perceber na descrição acima, o Front-end, também conhecido como interface ou camada de apresentação, é uma das peças mais importantes para o sucesso de um software. Portanto, devemos tomar muito cuidado e dedicar consideráveis recursos e atenção para essa etapa de desenvolvimento de uma loja virtual.

Ter seu e-commerce rodando no melhor e mais estável servidor, possuir os melhores certificados de segurança, disponibilizar os produtos (ou serviços) mais desejados e ter preços atraentes de pouco adiantará se o usuário não conseguir navegar na sua loja.

Você já parou para pensar por que os produtos do Google fazem tanto sucesso? Ou então por que o Facebook é tão prático de mexer que você acaba fazendo as coisas no modo automático? Isso é resultado de produto pensado para o usuário final. São sites desenvolvidos – desde de seu início – focando na utilização simples e fácil, tão fácil que até quem não possui familiaridade com internet e computadores aprende rapidamente e de forma intuitiva a navegar e utilizar todos os recursos que a ferramenta oferece.

Vamos a um exemplo prático: Facebook. Quando você entra na rede social, tem o que mais te interessa a apenas um clique de distância, literalmente. Ao logar, você recebe em sua timeline as atualizações das pessoas com quem mais interage (esse filtro é automático e existe para que as chances de você ver o que te interessa sejam maiores do que uma linha do tempo mostrando atualizações de todos os seus remotos conhecidos, aquela pessoa que você conheceu em um bar, dois anos atrás e nunca mais conversou). Além disso, temos os três famosos ícones no canto superior esquerdo, ao lado do logotipo:

Screen Shot 2013-03-26 at 3.10.48 AM

Eles são, 99% das vezes, a primeira coisa que olhamos quando acessamos a rede social. Já é automático! Você sabe que tem um pedido de autorização, uma mensagem inbox ou alguma interação pública por ali. Isso é mostrar o caminho para o usuário e não deixá-lo perdido, “inventando” aonde ir. Isso muitas vezes desanima e a pessoa vai embora.

Em uma loja virtual, o processo deve ser o mesmo. É muito importante pensar na usabilidade, rapidez de carregamento das páginas e acessibilidade desde o início, pois quanto mais satisfatória for a experiência do usuário, maiores as chances de conversão. Por que a Amazon é um e-commerce tão bem sucedido? Eles pensam 110% do tempo na experiência de navegação. A página inicial é limpa, intuitiva e carrega rápido, além de dar destaque para o campo de busca e o menu lateral com suas opções muito bem organizadas. Quando se acessa o detalhe de um produto, temos o que mais interessa sempre em destaque. Cada tipo de produto tem uma disposição diferente, realçando o que mais importa.

Veja os exemplos abaixo:

Página do produto New Balance Men’s ML574 Windbreaker Fashion Sneaker
Página do produto New Balance Men’s ML574 Windbreaker Fashion Sneaker
Página do produto BioShock Infinite.
Página do produto BioShock Infinite.

Percebeu a diferença? Quem vai comprar um tênis está interessado na textura, na cor, nos mínimos detalhes, não quer saber de descrição exagerada, o tipo de borracha, em quais situações utilizá-lo, etc. Ele viu o tênis, achou bonito e isso é tudo que importa para essa conversão! A descrição, todo aquele blá blá blá fica lá embaixo, no final da página, pois ela não vai ajudar em praticamente nada na decisão do usuário. Já a foto detalhada sim, essa conta muito!

Agora vamos ao exemplo do game. O usuário que entra lá pra comprar um jogo, não quer visualizar foto detalhada da capa, ou a capa em todos os ângulos (por isso a foto não tem tanto destaque como no caso do tênis), isso pouco importa. Um gamer quer saber se o jogo existe na plataforma dele (vide destaque na área das plataformas), se é edição comum ou de colecionador e assistir vídeos do jogo. Ou seja, a página precisa ter outra disposição. E eles fazem isso muito bem!

A mesma lógica serve para sua página inicial, para seu resultado de busca e – um grande vilão de todo gerente de e-commerce – o processo de checkout. Carrinho abandonado é um dos problemas mais comuns que existem e muitas empresas poderiam ganhar dinheiro (ao invés de gastar com ações de e-mail dando descontos a clientes que abandonaram o carrinho) se pensasse melhor na estruturação da página. Quando um usuário está no carrinho, não adianta querer entupí-lo de besteiras, tentando forçar mais compras. A pessoa não está em uma fila de supermercado em que vai andando e o lojista apresenta doces, salgadinhos, pilhas, livro de bolso durante o caminho pra que ele vá pegando mais alguma coisa enquanto espera. Ela está comprando em uma loja virtual e provavelmente tem pouquíssimo tempo a perder. Querer levar o processo de compra de uma loja física para uma virtual não é interessante. Deixe o carrinho limpo, sem sugestões de produto, sem banners inúteis (o máximo que pode acontecer é o usuário clicar em um deles, ir para outra página, alguém ligar pra ele enquanto isso e pronto, perdeu-se uma venda).

Processo de checkout é MUITO IMPORTANTE e precisa ser limpo, intuitivo e rápido. O usuário tem que se logar – ou cadastrar (e aqui nada de cadastros enormes, prefira separá-lo em etapas) – escolher a entrega e realizar o pagamento. Sem intervenções visuais, apenas ele, o destaque para o cuidado com a segurança das informações e os campos para digitar o cartão de crédito ou gerar boleto. Pronto, nada além disso interessa e mais uma venda será convertida!

Tomando muito cuidado com o que apresenta a seu usuário e com a experiência de navegação dele, com certeza suas vendas aumentarão!

Um abraço e até a próxima!