“Front-end é a parte do sistema de software que interage diretamente com o usuário” – Fonte: Wikipedia
Como se pode perceber na descrição acima, o Front-end, também conhecido como interface ou camada de apresentação, é uma das peças mais importantes para o sucesso de um software. Portanto, devemos tomar muito cuidado e dedicar consideráveis recursos e atenção para essa etapa de desenvolvimento de uma loja virtual.
Ter seu e-commerce rodando no melhor e mais estável servidor, possuir os melhores certificados de segurança, disponibilizar os produtos (ou serviços) mais desejados e ter preços atraentes de pouco adiantará se o usuário não conseguir navegar na sua loja.
Você já parou para pensar por que os produtos do Google fazem tanto sucesso? Ou então por que o Facebook é tão prático de mexer que você acaba fazendo as coisas no modo automático? Isso é resultado de produto pensado para o usuário final. São sites desenvolvidos – desde de seu início – focando na utilização simples e fácil, tão fácil que até quem não possui familiaridade com internet e computadores aprende rapidamente e de forma intuitiva a navegar e utilizar todos os recursos que a ferramenta oferece.
Vamos a um exemplo prático: Facebook. Quando você entra na rede social, tem o que mais te interessa a apenas um clique de distância, literalmente. Ao logar, você recebe em sua timeline as atualizações das pessoas com quem mais interage (esse filtro é automático e existe para que as chances de você ver o que te interessa sejam maiores do que uma linha do tempo mostrando atualizações de todos os seus remotos conhecidos, aquela pessoa que você conheceu em um bar, dois anos atrás e nunca mais conversou). Além disso, temos os três famosos ícones no canto superior esquerdo, ao lado do logotipo:
Eles são, 99% das vezes, a primeira coisa que olhamos quando acessamos a rede social. Já é automático! Você sabe que tem um pedido de autorização, uma mensagem inbox ou alguma interação pública por ali. Isso é mostrar o caminho para o usuário e não deixá-lo perdido, “inventando” aonde ir. Isso muitas vezes desanima e a pessoa vai embora.
Em uma loja virtual, o processo deve ser o mesmo. É muito importante pensar na usabilidade, rapidez de carregamento das páginas e acessibilidade desde o início, pois quanto mais satisfatória for a experiência do usuário, maiores as chances de conversão. Por que a Amazon é um e-commerce tão bem sucedido? Eles pensam 110% do tempo na experiência de navegação. A página inicial é limpa, intuitiva e carrega rápido, além de dar destaque para o campo de busca e o menu lateral com suas opções muito bem organizadas. Quando se acessa o detalhe de um produto, temos o que mais interessa sempre em destaque. Cada tipo de produto tem uma disposição diferente, realçando o que mais importa.
Veja os exemplos abaixo:
Percebeu a diferença? Quem vai comprar um tênis está interessado na textura, na cor, nos mínimos detalhes, não quer saber de descrição exagerada, o tipo de borracha, em quais situações utilizá-lo, etc. Ele viu o tênis, achou bonito e isso é tudo que importa para essa conversão! A descrição, todo aquele blá blá blá fica lá embaixo, no final da página, pois ela não vai ajudar em praticamente nada na decisão do usuário. Já a foto detalhada sim, essa conta muito!
Agora vamos ao exemplo do game. O usuário que entra lá pra comprar um jogo, não quer visualizar foto detalhada da capa, ou a capa em todos os ângulos (por isso a foto não tem tanto destaque como no caso do tênis), isso pouco importa. Um gamer quer saber se o jogo existe na plataforma dele (vide destaque na área das plataformas), se é edição comum ou de colecionador e assistir vídeos do jogo. Ou seja, a página precisa ter outra disposição. E eles fazem isso muito bem!
A mesma lógica serve para sua página inicial, para seu resultado de busca e – um grande vilão de todo gerente de e-commerce – o processo de checkout. Carrinho abandonado é um dos problemas mais comuns que existem e muitas empresas poderiam ganhar dinheiro (ao invés de gastar com ações de e-mail dando descontos a clientes que abandonaram o carrinho) se pensasse melhor na estruturação da página. Quando um usuário está no carrinho, não adianta querer entupí-lo de besteiras, tentando forçar mais compras. A pessoa não está em uma fila de supermercado em que vai andando e o lojista apresenta doces, salgadinhos, pilhas, livro de bolso durante o caminho pra que ele vá pegando mais alguma coisa enquanto espera. Ela está comprando em uma loja virtual e provavelmente tem pouquíssimo tempo a perder. Querer levar o processo de compra de uma loja física para uma virtual não é interessante. Deixe o carrinho limpo, sem sugestões de produto, sem banners inúteis (o máximo que pode acontecer é o usuário clicar em um deles, ir para outra página, alguém ligar pra ele enquanto isso e pronto, perdeu-se uma venda).
Processo de checkout é MUITO IMPORTANTE e precisa ser limpo, intuitivo e rápido. O usuário tem que se logar – ou cadastrar (e aqui nada de cadastros enormes, prefira separá-lo em etapas) – escolher a entrega e realizar o pagamento. Sem intervenções visuais, apenas ele, o destaque para o cuidado com a segurança das informações e os campos para digitar o cartão de crédito ou gerar boleto. Pronto, nada além disso interessa e mais uma venda será convertida!
Tomando muito cuidado com o que apresenta a seu usuário e com a experiência de navegação dele, com certeza suas vendas aumentarão!
Um abraço e até a próxima!