DevSecOps

6 fev, 2013

Vamos contar mais histórias?

Publicidade

“Planners contam histórias!” Essa frase, que está presente em meus slides nas  aulas de planejamento estratégico digital que ministro, é um conceito que aprendi com Mari Zampol, diretora de planejamento da Talent, em um evento que tive o prazer de assistir e aprender com essa fantástica profissional.

Histórias bem contadas são compradas. Sempre apresento a foto do filme do Batman (meu super herói favorito na época de criança) e digo aos alunos: “paga-se milhões de reais para ver um homem vestido de morcego bater em um vestido de palhaço”. Estou mentindo? Literalmente, Batman, é isso. Mas conta-se essa mesma história tão bem que as pessoas não só a compram, como se envolvem nela e se engajam. Compram camiseta, DVDs, vídeo games. Tem maluco que reproduz na vida real o carro do Batman e outros que oferecem mais de 2 milhões de dólares. Histórias bem contadas.

Nós que somos planners não somos roteiristas de Hollywood. Talvez sejamos cobrados por resultados tão grandes ou maiores do que eles, mas não temos, definitivamente, os salários deles; entretanto, devemos e podemos contar histórias também, mas histórias de marcas. Toda a marca, seja a Coca-Cola com 126 anos ou a marca de roupas da sua amiga que surgiu na semana passada, estarão sempre contando histórias. Sejam essas histórias emotivas, engraçadas, dramáticas, de ação ou romances. A vida imita a arte, a propaganda imita o cinema. Todos contam histórias.

Discurso é bonito, mas está na hora de colocarmos em prática isso.

Storytelling, Transmídia, consumidor gerando conteúdo, há várias formas, mas as marcas estão fazendo isso? E estão esperando que isso gere vendas? Errado! Em época de Redes Sociais onde as pessoas se relacionam, contar histórias é uma forma de aproximar as pessoas. Minha filha ainda tem 2 anos, mas em breve vou ter que contar histórias para ela dormir, pois isso nos aproxima, nos une. Quem é pai – ou mãe – sabe disso, pois também já fomos filhos e sabemos como isso nos unia. Quem não gosta daquele amigo ou tio que está sempre contando histórias? Se fazia muito isso quando TV era um luxo, pessoas nas portas de casas em noites de verão contando histórias. Hoje, vemos BBB, que decadência!!!

Recentemente fizemos uma ação muito legal para a fazpage da Nova Flor (empresa do Grupo da Giuliana Flores). Contamos dia-a-dia a história de um rapaz que não conseguia encontrar o seu amor no Brasil e percorreu o mundo atrás desse grande amor. Ele viajou, postou várias fotos dos lugares, pediu opinião das pessoas sobre qual lugar ir, o que falar, onde passear. E as pessoas se engajaram com a história. Uns davam dicas de lugares, outro de como falar com as mulheres, outras pediam para ele ir visitá-las em casa. As pessoas se envolveram, torceram pelo Thiago. Ao final, ele descobriu que o seu grande amor estava ao seu lado, as pessoas se emocionaram, ajudaram ele a se declarar e queriam saber mais. Tudo em volta do clima do Dia dos Namorados.

Esperava-se vendas? Não. A marca queria contar uma história emocionante para aproximar as pessoas da sua marca. Deu certo, as pessoas se aproximaram, a Fan Page cresceu em fãs e não perdeu nenhum. Gerou vendas? Claro. Os produtos que Thiago usou para presentear a sua amada tiveram um aumento nas buscas e vendas, mas isso não é objetivo, e sim conseqüência.

Conte histórias, emocione seu público. Traga-os para mais próximo da sua marca. Se relacione e converse. Mantenha essas histórias vivas e aí, sim, venda. As vendas serão conseqüência de bons trabalhos, tenham certeza.