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9 mai, 2013

O que é necessário para deixar o HTML5 pronto para empresas?

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Recentemente, várias discussões sobre os méritos relativos e as desvantagens do HTML5 surgiram por meio de comentários de ícones da indústria sobre suas estratégias de desenvolvimento.

Mark Zuckerberg admitiu que o “maior erro estratégico que nós já cometemos” foi depender inteiramente do HTML5, como uma refrescante e sincera avaliação sobre a estratégia de open web de sua equipe.

Mesmo que Zuckerberg não seja contra o HTLM5, é possível dizer que um dos gigantes da área se conteve em não afirmar que eles deveriam ter escolhido o caminho do desenvolvimento nativo. Igualmente, Renée James, VP Senior da Magic Software e Serviços, disse na Intel: “O HTML5 foi projetado para ser uma tecnologia multi plataforma e, mesmo sabendo que há várias opiniões diferentes, todos nós concordamos que ele está sendo muito superestimado.”

No entanto, não podemos dizer que não há futuro para o HTML5.

O Gartner, em seu gráfico “2012 Hype Cycle for Emerging Technologies”, mostrou que o HTML5 está chegando ao seu ponto máximo e prevê que ele se torne uma tecnologia madura nos próximos 5 a 10 anos.

Certamente, no mundo dos consumidores, para usuários compartilharem conteúdo, para ajudar e apresentar meios de comunicação genéricos, assim como vídeos, áudio e imagens em uma plataforma multicanal, o HTML5 tem suas vantagens.

No entanto, os negócios precisam de aplicações móveis baseadas em transações, e eu diria que existem sérios problemas que precisam ser abordados antes que o HTML possa ser considerado uma solução viável para aplicações empresariais.

Suporte para navegadores

Um grande problema em desenvolver aplicações de negócios no HTML está ligado à renderização de objetos. Apesar de o HTML5 ser padrão, a renderização acaba se tornando algo fora do controle do desenvolvedor, no navegador.

Objetos são baixados em um ritmo diferente, dependendo do tamanho, assim a renderização e a sincronização de vários objetos diferentes ficam dependentes das capacidades built-in do navegador.

Além disso, navegadores possuem níveis diferentes de suporte para o HTML5. A variedade de navegadores móveis, em várias versões, do Opera ao Firefox, cada um com níveis de compatibilidade variadas com o HTML5.

Leve em consideração a fragmentação do mercado Android e você começará a entender como muitas versões de navegadores de Internet podem existir e quantas variações precisam ser consideradas na hora do desenvolvimento.

Com o HTML5, a meta é se distanciar do desenvolvimento nativo e fazer a implementação de uma vez só; no entanto, se você suportar todas as versões dos navegadores para a implantação do HTML5, vários patches serão necessários para fazer com que cada versão diferente do navegador seja compatível.

Não é preciso dizer que testes necessitam ser conduzidos para assegurar que cada patch funcione corretamente. Essas ações adicionam várias horas de trabalho ao desenvolvedor.

Comunicação

Uma das vantagens do HTML5 é que ele tem aparência e funcionalidades fantásticas, mas peca no processamento final.

Ao desenvolver com essa arquitetura, é essencialmente necessário três diferentes projetos de desenvolvimento: um para o cliente, um para o servidor e um para a comunicação entre o cliente e o servidor.

Apesar da facilidade em fazer mudanças para o cliente, isso automaticamente gera mudanças no nível de comunicação e na infraestrutura backend. Por sua natureza, a sincronização assíncrona necessita que o desenvolvedor administre o processo de autenticação do cliente e do servidor para cada pedido.

Além disso, todo o sistema de gestão de contexto deve ser gerenciado pelo desenvolvedor. É por isso que projetos empresariais criados a partir do HTML5 não atingem às expectativas; eles tendem a ser caros e lentos, pois demoram a ser implantados e estão sujeitos a vários riscos.

WebSockets

O WebSocket é um excelente aprimoramento para o protocolo do HTML5 e foi desenvolvido como um protocolo independente, baseado em TCP, com a mecânica de comunicação direta com o servidor e o cliente, através de um canal de comunicação full-duplex que opera por meio de um único suporte pela Internet.

O protocolo WebSocket torna possível uma maior interação entre o navegador e o site. Isso aumenta a velocidade de sincronização entre objetos e melhora significativamente a segurança. Também permite uma melhora na comunicação em tempo real com o servidor backend e o cliente.

O WebSocket API está sendo padronizado pela W3C, que está planejando liberar as especificações finais do HTML5 em 2014.

O protocolo WebSocket foi desenvolvido para trabalhar bem com infraestruturas existentes; no entanto, pelo jeito que é implementado, ele precisa de uma atualização HTTP que a maioria dos roteadores no mundo, hoje em dia, não são capazes de suportar.

Levará algum tempo para que atualizações de firmware, de roteador ou de DNS, consigam fazer com que essa tecnologia se torne totalmente efetiva para aplicações empresariais.

A motivação por detrás do HTML5 é bem clara: oferecer um potencial de corte de custos enquanto também oferece um processo de entregas simplificado, além de ter a capacidade de sempre rodar a última versão da aplicação.

É, no entanto, a prematuridade da tecnologia que está causando vários desastres em aplicações empresariais móveis, atualmente.

Mas existe uma alternativa e, como o Gartner apontou em seu último Magic Quadrant, uma solução se faz necessária, pois “61% (dos entrevistados) planejam aprimorar sua capacidade de mobilidade pelos próximos três anos, e 48% acreditam que eles irão se tornar líderes em seus mercados por adotarem soluções móveis inovadoras”.

Uma Plataforma de Aplicação Empresarial, ou MEAP, uma suíte de produtos e serviços que permite o desenvolvimento de aplicações móveis, pode fornecer a habilidade de desenvolver para qualquer dispositivo móvel, a partir de um único esforço e com os benefícios adicionados de segurança confiáveis, com a rápida entrega de dados backend e um ciclo de desenvolvimento da aplicação, de rápida evolução.

Conclusão

A atenção em torno do HTML5 ainda continua a ganhar impulso, e como uma ferramenta de desenvolvimento confiável para a indústria, ela não estará pronta dentro de dois ou quatro anos. Até lá, o HTML5 continuará destinado às aplicações de consumo e ao “trabalho em andamento” para projetos das empresas.