DevSecOps

15 fev, 2017

Pesquisa mostra que inovação e IoT foram usadas como arma para ciberataques em 2016

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Segundo o 12º Relatório Anual sobre Segurança da Infraestrutura Global de Redes, da Arbor Networks Inc., a utilização da Internet das Coisas permitiu um aumento de 60% no tamanho dos ciberataques, que chegaram a 800 Gbps em 2016 contra 500 Gbps em 2015.

O relatório abrange uma ampla gama de questões ligadas à segurança, que vão da detecção de ameaças e resposta a incidentes até serviços gerenciados, orçamentos e pessoal. Além disso, ele aborda os desafios enfrentados pelas operadoras de serviços de Internet, como ameaças baseadas na rede e estratégias de defesa e mitigação.

A pesquisa revelou que, para os profissionais de rede e de segurança, o jogo mudou. O cenário de ameaças se transformou com o surgimento de botnets formadas por dispositivos IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas). A multiplicação de dispositivos conectados em rede traz inegáveis benefícios para empresas e consumidores, mas as vulnerabilidades de segurança inerentes a esses equipamentos permitem que eles sejam utilizados como armas de ataque. O relatório da Arbor analisa em profundidade como os dispositivos IoT são recrutados e explorados para o ataque, revelando como funcionam as botnets criadas a partir do código-fonte Mirai, e oferece conselhos práticos para a defesa contra elas.

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O maior ataque de negação de serviço distribuído (DDoS – Distributed Denial of Service) verificado em 2016 foi de 800 Gbps – 60% maior do que o maior ataque registrado em 2015, de 500 Gbps. E os ataques DDoS não aumentaram apenas em volume, mas também em frequência e complexidade. A crescente escala e complexidade desses ataques levou um maior número de empresas a implementarem soluções específicas de proteção anti-DDoS, a adotarem as melhores práticas de defesa híbrida e a melhorarem o tempo de resposta a incidentes.

O estudo concluiu que inovação e exploração de vulnerabilidades fomentam os ataques DDoS: o surgimento de botnets que exploram as falhas de segurança inerentes a dispositivos IoT e a liberação do código-fonte Mirai resultaram na maior capacidade de lançamento de ataques de grande volume.

Outros dados do relatório incluem:

  • Desde 2005, quando a Arbor começou a publicar seu relatório anual, o tamanho de ataques DDoS cresceu 7.900%, com uma taxa média anual de crescimento composto de 44%.
  • Nos últimos cinco anos, o tamanho de ataques DDoS cresceu 1.233%, representando uma taxa média anual de crescimento composto de 68%.
  • 53% dos prestadores de serviços (contra 44% em 2015) sofreram mais de 21 ataques por mês.
  • Nos data centers, 21% dos entrevistados relataram mais de 50 ataques por mês, em comparação a apenas 8% no ano anterior.
  • 45% das empresas, entidades governamentais e instituições de ensino pesquisadas sofreram mais de 10 ataques por mês – um aumento de 17% em relação ao ano anterior.
  • 67% dos prestadores de serviços e 40% dos entrevistados no segmento empresas/governo/educação relataram ataques multivetor a suas redes.
  • 61% dos datacenters sofreram ataques capazes de saturar completamente sua banda.
  • 25% dos provedores de serviços de datacenter e nuvem relataram custos de ataques DDoS superiores a 100 mil dólares e 5% mencionaram custos de um milhão de dólares.
  • 41% das organizações empresariais/governamentais/educacionais reportaram ataques DDoS que excederam seus recursos de acesso pela Internet. Cerca de 60% dos entrevistados estimaram custos de inatividade superiores a 500 dólares por minuto.
  • 77% dos provedores de serviços entrevistados são capazes de mitigar ataques em menos de 20 minutos.
  • Quase 55% dos entrevistados do segmento empresas/governo/instituições educacionais realizaram simulações de defesa anti-DDoS, sendo que cerca de 40% realizaram essas simulações pelo menos trimestralmente.
  • A proporção de entrevistados em data centers e provedores de nuvem usando firewalls para defesa contra ataques DDoS caiu de 71% para 40%.

O relatório foi feito tendo como base 356 entrevistas de fornecedores de serviços de Nível 1, Nível 2 e Nível 3, além de provedores de serviços móveis, hospedagem e redes empresariais e de outros segmentos em todo o mundo. 2/3 dos respondentes se identificaram como profissionais de segurança, de rede ou de operações. As informações são relativas ao período que vai de novembro de 2015 até outubro de 2016.