DevSecOps

26 abr, 2017

Datacenters precisarão se adaptar à conectividade de todas as coisas

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A arquitetura dos datacenters deve mudar para atender à nova realidade de tecnologia da informação. Isso porque as tendências apontam para aumento da capacidade de conectar tudo a tudo, criando uma malha digital e inteligente, com sistemas conversacionais, realidades aumentada e virtual e gêmeos digitais (digital twin), além de sistemas inteligentes com avanços de aprendizagem de máquinas, inteligência artificial, aplicações inteligentes e Internet das Coisas. Essa nova realidade demanda a construção de plataformas digitais, que irão direcionar o futuro do datacenter.

Para Henrique Cecci, diretor de pesquisa do Gartner, os datacenters caminham para ser cada vez mais distribuídos (como na nuvem, colocation, hosting etc.). “A definição de datacenter se alterou. Ele será muito mais eficiente do ponto de vista econômico e energético e com mais capacidade computacional. Ele estará em diversos lugares ao mesmo tempo – na nuvem, TI híbrida e na ponta”, explicou na coletiva de imprensa durante a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center.

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O executivo reconheceu que a mudança acontecerá de forma gradual, e não de uma maneira linear dentro das empresas usuárias. Com relação aos fornecedores, Cecci admitiu que nem todos os fornecedores já se moveram na direção dessas tendências, e ele aposta que soluções híbridas vão dominar o ambiente de data center.

Segundo divulgado pelo site Convergência Digital, o papel da infraestrutura nas empresas é crescente, e isso está refletido nas pesquisas do Gartner que apontam que infraestrutura e operações de data center sempre esteve entre as prioridades dos CIOs brasileiros. Cecci apontou que 56% do orçamento de tecnologia da informação das companhias destinam-se para infraestrutura e operações de data center.

Ao compreenderem que a infraestrutura de TI precisa estar alinhada à visão de tecnologia, as empresas devem buscar plataformas de malha inteligente (intelligent mesh platform), ressaltou Cassio Dreyfus, vice-presidente de pesquisa do Gartner. “A TI tem de criar valor para o negócio e, para isso, tem que ter uma infraestrutura que faça sentido”, disse.

De acordo com a pesquisa anual de CIOs do Gartner, os líderes brasileiros de TI esperam uma redução média de 1% (comparado ao aumento de 2,4% em 2016) nos investimentos em TI. A média na região da América Latina será de aumento de 1,7% em 2017 em comparação com 2016. Para o Gartner, no Brasil, nos últimos dois anos a prioridade dos CIOs têm sido infraestrutura e datacenter, sendo que, em 2017, eles elencaram a otimização de custos como principal desafio.