DevSecOps

24 abr, 2017

Big Data ajuda pequenas cidades a monitorar vazamentos de água e a evitar desperdícios

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Pequenas cidades já estão usando Big Data para detectar vazamentos de água e reduzir o desperdício. É o caso de um pequeno distrito no estado americano do Tennessee, abastecido pela WHUD (White House Utility District). O case de sucesso foi apresentado no mês passado em São Francisco, durante uma conferência realizada pela OSIsoft.

O distrito abastecido pela WHUD tem 90 mil habitantes e perdia por causa dos vazamentos US$ 300 mil ao ano. Uma quantidade de água suficiente para abastecer 2.239 casas era desperdiçada todos os anos por causa de problemas no sistema. As perdas eram crônicas, até que a empresa decidiu investir em tecnologia.

Segundo Gary Wong, diretor da área de Indústria na OSIsoft, vazamentos e perda de receita por questões não relacionadas com a água são um problema crescente. Em média, de acordo com Wong, pode-se esperar perda de 10% a 15% no trajeto da estação de tratamento até a torneira. Infelizmente, o percentual é muito maior hoje por causa da infraestrutura antiga, verbas reduzidas, equipes enxutas e o desafio de vigiar áreas enormes. “Chicago em um determinado momento registrava perdas de 60%, Manila mais de 60%.” Wong explica que as perdas não significam apenas água que é jogada fora, mas as empresas de abastecimento normalmente são grandes consumidoras de energia, e vazamentos implicam perda de energia e consumo de produtos químicos.

Com a colocação de microfones no solo para detectar aumento do fluxo de água e monitoramento do consumo, a fim de perceber situações de “consumo” anormal, as perdas com vazamentos despencaram. Em dois anos, 2015 e 2016, a economia chegou a US$ 900 mil na WHUD.

Para chegar a esse resultado, a empresa dividiu o território sob sua responsabilidade em 39 sub-distritos. Em seguida, começou a monitorar o fluxo de água através de 79 medidores de vazão e a saída com dados do SCADA do centro de tratamento de águas residuais.

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Analisando os diferenciais no PI System, criado pela OSIsoft, e mapeando os pontos quentes no ArcGIS da ESRI, a empresa WHUD poderia identificar vazamentos. Em uma sacada inteligente, preferiu não acompanhar o uso diurno. Em vez disso, comparou fluxo de entrada e saída entre 1h e 4h da madrugada, quando qualquer grande consumo de água seria provavelmente vazamento. Assim, os técnicos já seguiam para o local logo que chegavam à empresa. “Com 3,5 dias de implantação, o sistema já mostrava os resultados.”

Segundo Gary Wong, da OSIsoft, outras cidades nos Estados Unidos e em outros países já se beneficiam da tecnologia para reduzir o desperdício de água.