Android

23 fev, 2017

Ataques ransomware a dispositivos Android crescem 50% em pouco mais de um ano

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Os ataques ransomware que têm como alvo o sistema operacional Android cresceram mais de 50% em apenas um ano, à medida que mais consumidores passam de seus PCs para seus smartphones, tornando o ecossistema do SO móvel um alvo mais valioso para os cibercriminosos.

De acordo com um relatório da empresa de segurança ESET, o maior aumento de ataques de cripto-malware ocorreu durante a primeira metade de 2016. Também foi constatado que o que é chamado de “police ransomware” na tela de bloqueio foi o tipo dominante de ransomware para Android – esse tipo de ataque assusta as vítimas sobre algum crime, o que leva muitas delas a pagarem os criminosos.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os criminosos aumentaram seus esforços para manter um perfil discreto, criptografando a carga útil do malware dentro dos aplicativos infectados.

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No documento da ESET, intitulado “Trends in Android Ransomware (PDF)”, foi indicado que a Europa Oriental foi o principal alvo dos desenvolvedores de ransomware. No entanto, isso mudou ao longo do tempo, com 72% dos ataques bem sucedidos tendo sido registrados nos Estados Unidos distribuindo o ransomware Locankpin.

A pesquisa descobriu que essa mudança se deveu ao fato de usuários móveis nos Estados Unidos geralmente serem mais ricos do que aqueles na Europa Oriental, por isso focar nos norte-americanos geraria mais lucro para os cibercriminosos.

O ransomware Lockerpin foi descoberto em setembro de 2015, e inicialmente pretende ser um app de visualização de vídeos com conteúdo adulto. Quando ele ganha a confiança do usuário, ele bloqueia o acesso deles aos seus dispositivos. Em seguida, uma página do FBI é exibida, acusando a vítima de assistir a material pornográfico ilegal. Então vem a exigência de US$ 500 para “resolver” o caso.

No entanto, ransomware Android não existe apenas em smartphones e tablets; em junho de 2016, um ransomware chamado “FLocker” chegou a smart TVs, exibindo uma tela de bloqueio da “US Cyber Police” e exigindo US$ 200 em cartões-presente do iTunes para desbloquear o dispositivo. Felizmente, foi descoberto que o malware pode ser removido, embora seja necessário o acesso ao modo de depuração do Android.

Para se manter protegido contra ransomware em dispositivos Android, a ESET recomenda que os usuários fiquem longe de lojas de aplicativos de terceiros e mantenham o software de segurança móvel atualizado, conforme divulgado pelo site Neowin.