Marketing Digital

19 dez, 2014

Agências digitais não substituem agências de comunicação

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O mercado brasileiro de comunicação ganha um viés de empreendedorismo que nunca foi característico do profissional de comunicação. Durante a faculdade, jornalistas, relações públicas e publicitários foram muito mais orientados a buscar empregos em grandes empresas de seus setores.

Esse assunto veio à tona na conversa que tive com Karin Villatore, sócia da assessoria de comunicação Talk, de Curitiba (ouça o podcast abaixo). Nas interações com faculdades ― como palestras ou aulas como convidada ―, ela tem observado a orientação cada vez mais frequente no sentido de “saia da faculdade e crie imediatamente a sua agência”.

Vejamos as duas faces da moeda… Para o jovem profissional que se lança ao mercado, a opção é atraente. Nada angustia mais do que depender das oscilações do mercado e da sorte. No entanto, a explosão agências de comunicação pequenas ― ou mesmo individuais, que simpaticamente chamamos de “eugências” ― conduz ao risco da queda de qualidade. Os jovens chegam sem experiência e preparo, pois as faculdades são fracas.

Fizemos no começo do ano uma pesquisa em que testamos crenças do mercado. Lançamos dez perguntas e 700 profissionais apontaram se concordavam com elas ou se discordavam delas. Uma das questões foi: “Jovens agências digitais entendem de novas mídias, mas não de comunicação.”

Eis o resultado:

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Entenda por agências digitais as prestadoras de serviços de comunicação que nasceram nos últimos cinco anos com foco em atualização em redes sociais. São equipes compostas essencialmente de jovens dotados de grande habilidade com ferramentas sociais, mas com pouca ou nenhuma vivência em assessoria de imprensa, redação, branding, marketing ou negócios.

A conclusão a que a Karin e eu chegamos é de que experiência e conhecimento de comunicação contam (e muito!) para a prestação do serviço em nosso segmento. Ouça abaixo o podcast na íntegra.