Marketing Digital

24 set, 2010

Terceirização das mídias sociais: a construção de uma imagem

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Mais do que um mero capricho, o marketing – seja ele empresarial ou pessoal – se tornou obrigação no mundo atual. Ao expandir a outrora limitada barreira geográfica com as chamadas mídias sociais, uma pessoa comum tem hoje a possibilidade, com um custo de quase zero, de ter suas idéias difundidas facilmente pelo planeta. Porém, qualquer deslize, por menor que seja, pode danificar ou até destruir uma imagem construída ao longo de anos.

Com o avanço da adoção de ferramentas como o Twitter, verificam-se também novas formas de uso que visam fortalecer ou criar novas marcas. Recentemente, o pai do jogador Neymar, atacante do Santos, declarou que seu filho não mais escreveria em seu microblog. Ao buscar o controle da “qualidade” da exposição de seu filho, o pai do jogador informou que a sua conta seria administrada pela sua assessoria.

Esse caso nos mostra que a terceirização para monitoramento e divulgação de perfis corporativos expande seus braços também para o mundo das celebridades, futebol e alcança até a política.

Um exemplo disso são as campanhas dos presidenciáveis Marina Silva e Plínio Arruda. Os candidatos possuem, no público das redes sociais, boa parte de sua popularidade. Nota-se que o uso das mídias é tão intenso que, mesmo durante os debates em que o socialista Plínio aparecia na Rede Bandeirantes e RedeTV, ele teve sua conta pessoal do Twitter atualizada em tempo real pela sua equipe. Dentro desse processo, a terceirização cumpre o seu papel de transformar a imagem do cliente em algo valorizado, ao reafirmar prontamente na rede as idéias expostas na grande mídia.

Entretanto, na teoria, o próprio indivíduo deveria ecoar e projetar os seus pensamentos nas mídias sociais. Ao utilizar um profissional, podemos acabar por adicionar em nós mesmos mais uma das tantas máscaras que usamos no dia-a-dia. O que, diga-se de passagem, é algo da natureza humana. Postados atrás dessa nova máscara temos duas opções: nos esconder e viver uma interpretação ou, por força da necessidade, adotar novos comportamentos.

Devido a uma demanda cada vez maior por clareza nas ações dos indivíduos e a uma constante exigência para sermos cada vez melhores, é grande a chance de seguirmos a última opção.

Enfim, mais do que simples ferramentas de comunicação, me atrevo a dizer que as mídias sociais estão nos ajudando a moldar o homem de amanhã.  Como ferramentas divulgadoras do nosso comportamento, elas começam a regular o que é socialmente aceitável do que não é.  Um processo de depuração automático e auto-imposto que, aos poucos, mostra aos extremos qual é o caminho do meio.

Com isso em mente, é preciso lembrar sempre que uma boa estratégia de atuação nas mídias sociais só terá êxito se o material humano que a compõe tiver credibilidade. Se o cliente não se comportar como é esperado dele fora da rede, não haverá assessoria que construa uma imagem que persista.