Design & UX

6 jun, 2017

5 itens para você avaliar antes de escolher o seu template de site

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Você provavelmente já usou um template pronto em algum projeto seu ou de clientes. Seja por facilidade, agilidade ou até mesmo economia, os templates continuam ganhando força, amadurecimento em flexibilidade e código e até mesmo gerando um novo mercado de trabalho (existem mais de 8 mil temas WordPress no mundo, sendo que só os 20 primeiros já ultrapassam o faturamento total de 20 milhões de dólares).

Muitas vezes, a escolha de um template acaba sendo por estética e, nesse caso, podemos cair em verdadeiras armadilhas que podem nos custar muito mais tempo, esforço e até mesmo dinheiro. Se você acredita que, em muitos projetos o melhor caminho é um template, continue lendo! Veja abaixo os 5 principais fatores para considerar ao escolher um template.

1. Defina o objetivo do site que você ou seu cliente precisa

O portfólio de um fotógrafo não pode ter o mesmo template de um e-commerce, certo? O fato de estar utilizando um template não exclui a necessidade de pensar como projeto, por isso, a primeira coisa a fazer é sentar com o seu cliente e definir o objetivo do site dele, assim como requisitos necessários para se construir o projeto que será entregue. Vale lembrar que, cada objetivo demandará uma série de recursos próprios, como uma grade de fotos com call to action, uma widget de blog na home, um carrossel de fotos ou vídeos, uma seção parallax, depoimentos de clientes, um sistema de login, entre outras dezenas de recursos possíveis.

Para ilustrar melhor a necessidade de escolher bem um template, repare na diferença entre os templates abaixo:

 

Uma dica que vai te ajudar a não deixar o seu gosto pessoal escolher um template por impulso é rabiscar antes o projeto do seu cliente. Seu wireframe vai te ajudar a identificar os recursos necessários, que os usuários do seu cliente precisarão interagir, para que ele tenha um ROI positivo com o projeto dele. A partir daí, transforme o seu wireframe em uma lista de requisitos, ou se preferir (caso você não tenha muita familiaridade com UX ou Gerenciamento de Projeto/Produto) um checklist com os recursos que são necessários, os interessantes, e aqueles que são descartáveis.

2. Um bom template pago precisa ter um ótimo serviço de suporte

As principais empresas que desenvolvem temas frequentemente têm uma coisa em comum, elas investem mais em suporte do que em desenvolvimento. Um bom suporte técnico, ajudará seu cliente ter sucesso em suas tarefas, e aumentará a sua nota de satisfação. Muitas vezes, encontramos diversos problemas em nossos templates, que vão desde bugs, até mesmo conflitos em bibliotecas JavaScript, limitações de algum pré-processador CSS, escolhas de Font awesome, Fontello, Foundation Icon, entre outros.

Lembre-se que ao entregar um projeto para o seu cliente, você precisa deixá-lo “livre” para aumentar o projeto, e não depender de você, afinal você quer ser lembrado de forma positiva e não por ter deixado seu cliente refém do seu serviço. Assim sendo, não só entregue o site no ar, mas todas as páginas possíveis que o template oferece como possibilidade (principalmente se ele pagar pelo template). Por isso que o suporte é importante na hora de escolher um template, pois ele garantirá que não só você, mas que seu cliente ou um futuro desenvolvedor que seu cliente contratar, tenham fácil acesso a uma equipe preparada para ajudá-los quanto ao tema que você escolheu comprar.

Essa escolha lhe poupará uma baita dor de cabeça no futuro, acredite!

3. Um bom template precisa ser customizável e responsivo

Sou só eu que tenho raiva quando abro um site que claramente é um template e vejo aquelas animações em cada componente do site? Parece mais uma apresentação dos anos 90 do que um site de 2017! Os templates bons possuem uma chamada que permite que você ligue ou desligue suas animações totais ou parciais, assim como a customização da paleta de cores de todo o template (principalmente se estivermos falando de pré-processadores CSS).

Quando buscar um template, verifique se o mesmo possui uma documentação e possibilidade de customização rápida das páginas. Você ganhará muitas horas de trabalho desnecessário, focando mais na estratégia do projeto do que acertando cores, fontes, ícones e animações do seu template.

Outro ponto importante é verificar se o seu template já está adaptável a outros dispositivos. Uma das maiores dificuldades hoje é transformar um layout responsivo para diferentes telas e tamanhos, por isso escolher um template que já seja responsivo, vai lhe poupar muito trabalho de desenvolvimento.

4. Observe a tecnologia do template, antes de contratá-lo

Uma das principais reclamações de templates na internet é um template HTML não estar em WordPress, ou mesmo o contrário, um template WP não estar em HTML. Claramente essas frustrações se dão pelo desenvolvedor não ter lido com clareza a descrição do template, ou até mesmo, não ter parado para decidir a tecnologia antes da compra (erro número 1).

E se o seu cliente precisa ter acesso ao gerenciamento de conteúdo, você provavelmente recorrerá ao mais famoso CMS do mundo, o incrível WordPress certo? Então, não perca tempo buscando templates em HTML, pois eles só lhe darão muita dor de cabeça na hora de incluir as tags WordPress em suas seções, além de deixar todas as outras páginas que você poderá querer utilizar no futuro dependentes da sua empresa (erro número 2).

Alguns templates possuem suas versões em HTML gratuitas, cobrando apenas em suas versões WordPress. Nesse caso, você tem o melhor dos dois mundos, pois caso haja uma migração no futuro, muito do CSS e JS já poderá ser portado para a migração, faltando pequenos ajustes no tema. Em se tratando de templates gratuitos, vale lembrar que a maioria dos temas profissionais são pagos, principalmente pelas variações de telas e suporte técnico, mas não quer dizer que não existam templates gratuitos de qualidade, como por exemplo, o site HTML5UP que já serviu mais de 10 milhões de templates desde o seu lançamento.

5. Templates não são balas de prata

Como diz o meu avô: “para quem só sabe usar o martelo, qualquer problema é um prego”. Não é recomendado que você se considere desenvolvedor, e ainda mais tente vender algo que não consegue entregar, usando só templates e não possuindo as habilidades necessárias para desenvolver layouts complexos do zero.

Outra recomendação é sempre ser sincero com o seu cliente, inclusive repassando para ele o custo do template, como o designer gráfico já faz com fontes e imagens pagas. O que muitos desenvolvedores acreditam que é um risco para o seu trabalho, acaba sendo uma excelente ferramenta.

Conclusão

Caso você perceba que muitos dos recursos de site que você precisa desenvolver são recorrentes, experimente tirar um dia para transformá-los em componentes, assim você mesmo terá o seu próprio arsenal de funcionalidades para utilizar em seus clientes.

Quem sabe, não é o começo de um futuro template seu? Se for, não esqueça de me contar depois, hein! Caso queira bater um papo sobre isso, basta me procurar no twitter @bernarddeluna.