Desenvolvimento

24 abr, 2017

VMS vs Containers: quais são as diferenças e os usos?

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O Cloud computing trouxe consigo novas possibilidades de arquiteturas de TI como a instauração de instâncias cloud específicas para cada tipo de serviço. Como a arquitetura em cluster de banco de dados que traz instâncias configuradas para trabalhar com melhor desempenho para banco de dados ou aplicação. Neste ambiente cada VPS tem suas bibliotecas, SO, componentes específicos.

Com a evolução destas novas arquiteturas surgiu também um problema na criação e manutenção das VPS, já que para a migração ou expansão do produto era necessário remontar cada configuração e refazer cada instalação. Mas, como para cada problema, mais cedo ou mais tarde, surge uma nova ideia, vieram os conceitos de virtualização de máquina (VM) e criação de containers.

Cada um com suas especificidades, mas ambos buscando uma solução em comum: facilitar a portabilidade e a manutenção da infraestrutura da sua aplicação final. Mas, vamos as especificidades de cada um para termos, ao fim, um norte de qual adotar para o nosso projeto.

Virtual Machine

Brevemente falando, a virtualização de máquina consiste em empacotar determinada aplicação em um modelo padrão com seu próprio ambiente operacional. Assim, agora independente da máquina que você for rodar esta aplicação suas configurações serão as mesmas desde o nível de SO até as bibliotecas e dependências necessárias.

Voltemos a arquitetura de cluster de banco de dados. Você possui uma estrutura dividida com Load Balance entre 10 VPs. Todas elas precisam ter o mesmo funcionamento e configuração. Agora imagine você ter que fazer isto uma a uma manualmente… Já deu pra sentir uma gota de suor escorrendo pelo rosto neh?! Com o uso da virtualização estas configurações seguirão automaticamente o modelo feito. Além disto você pode facilitar sua vida utilizando um gerenciador de máquinas virtuais como o Vagrant.

Containers

O container também faz empacotamento, mas, no caso, ele não virtualizará o ambiente todo da máquina. Ele trabalhará em cima da aplicação e suas dependências criando uma virtualização apenas a nível do SO e não da máquina. Desta forma você terá o benefício de rodar ambientes isolados dentro de uma única VPs, por exemplo. Além disto você terá o benefício sobre o tamanho do sistema virtual, já que ele só integrará as configurações da sua aplicação e não da máquina inteira. Para este conceito sem dúvida hoje o maior exemplo seria o docker. Pelo seu caráter aberto, simples e colaborativo ele se tornou o sinônimo de container.

Virtualização ou containers

Se você ainda está com dúvidas do que utilizar, não se preocupe. Existem alguns pontos que podemos analisar antes desta decisão. É fato que ambos permitem uma melhor portabilidade, menor conflito de ambientes, aumento da segurança e manutenção mais fácil. Mas por trabalharem de forma diferente eles também permitem níveis diferentes para estes resultados.

A virtualização permite o isolamento total do ambiente da sua aplicação, já que ela virtualiza a máquina por completo. O container, por ser uma virtualização que compartilha um mesmo kernel do sistema operacional, traz um isolamento apenas parcial. O que isto quer dizer? Isolamento total é igual a mais segurança.

A virtualização dá garantia de recursos para sua aplicação em nível de hardware, algo que não ocorre na conteinerização.

A virtualização também permite o trabalho com sistemas operacionais diversos em um mesmo projeto. Já o container possui a dependência do Sistema operacional que ele está rodando.

Por outro lado os containers necessitam de menos recursos, muito menos recursos, já que eles não possuem todo o SO dentro deles. Este fator também implica na maior rapidez de reposta na inicialização de um container.

Hoje o artigo foi mais teórico, mas para o próximo artigo trarei informações sobre a configuração do docker em um cloud que tenho na DialHost.