Software

16 fev, 2017

Carro autônomo estimula desenvolvimento de software embarcado

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Previsto para chegar às ruas em meados de 2020, o carro 100% autônomo, que também é chamado self-driving, movimenta montadoras e fornecedores de TI. As duas indústrias estão trabalhando juntas para embarcar nos veículos inteligentes uma infinidade de software que prestam serviços aos motoristas. São projetos que prometem gerar muito trabalho para desenvolvedores de aplicativos.

Desenvolvido com cérebro robótico, o self-driving car é dotado de inteligência artificial e chegará ao mercado com uma quantidade imensa de sistemas embarcados. São veículos informatizados que vão transmitir dados por satélites, redes de banda 4G e a futura 5G via telemetria, por meio de chips de comunicação machine to machine (M2M).

Os veículos inteligentes terão conectividade com Internet das Coisas (IoT) que interligará diversos tipos de sensores, câmeras, radares, software de navegação e outros aplicativos hospedados em cloud computing.

Com essa sofisticação, a nova geração de veículos tende a se transformar no futuro em uma espécie de data center em cima de quatro rodas com capacidade para processar informações sobre sua manutenção, interagir com o motorista e prestar uma série de serviços.

As estimativas dos especialistas são de que o carro autônomo vai gerar nada menos que 25 Gigabytes (GB) de dados por hora, podendo se comunicar com sistemas internos e externos e até com veículos por Wi-Fi para ajudar a controlar o tráfego e prevenir acidentes.

As empresas terão de adotar estratégias de big data com uso de ferramentas analíticas e plataformas de machine learning, baseadas em inteligência artificial e computação cognitiva para capturar informação em tempo real, tratá-las e torná-las valiosas para tomada de decisão.

Desenvolvimento de software embarcado e apps móveis

Um estudo do Gartner prevê que até 2020 haverá 250 milhões de veículos conectados no mercado mundial rodando pelas estradas. Esses carros serão responsáveis pelo desenvolvimento de novos serviços de bordo e vão demandar de muito software embarcado, além de apps móveis para facilitar o dia a dia dos motoristas.

Para estimular o desenvolvimento de aplicativos móveis, montadoras estão promovendo hackathons ao redor do mundo. A Ford, por exemplo, promoveu recentemente, no Brasil, maratonas com desenvolvedores para eleger o melhor aplicativo para smartphones usando sua plataforma de conectividade SYNC AppLink.

Outra iniciativa das montadoras é a criação de centros de desenvolvimento de software para embarcar nos carros. A Ford inaugurou até um laboratório de pesquisa e inovação no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), e está investindo em empresas de TI para informatizar seus veículos autônomos.

O setor está tentando criar também um ecossistema para desenvolvimento de software, estimulando empresas de sistemas operacionais proprietários e de código aberto a investirem em versões para carros autônomos. O Google, que foi a primeira empresa a colocar um piloto real de carro autônomo na rua, em 2009, saiu na frente com a criação do Android Auto, hoje utilizado por diversas montadoras.

Interessada em disputar esse mercado, a Apple projetou o CarPlay, versão do sistema operacional iOS, que roda em iPhone e iPad, criada para veículos inteligentes. Já a Microsoft desenvolveu em parceria com a empresa de engenharia automotiva IAV um sistema que é adaptação do Windows 10. A plataforma conta com a tecnologia Cortana, assistente pessoal e digital do Windows e Windows Phone.

As parceiras de indústrias automotivas com e fornecedoras de sistemas operacionais vão acelerar a cadeia de desenvolvedores para criação de aplicativos nas diferentes plataformas para prestar serviços aos motoristas do carro autônomo.

Os veículos inteligentes vão se conectar com concessionárias, seguradoras, oficinas mecânicas, postos de gasolina, serviços de saúde, emergência etc.

Atualmente, estamos vendo que a cada dia a indústria apresenta um app novo que interage com os motoristas dentro e fora dos carros. Um exemplo são os aplicativos que encontram vagas em estacionamentos na Europa e Estados Unidos, bem como as ferramentas que localizam o proprietários dos veículos.

Esses exemplos sinalizam que os desenvolvedores que dominarem o mundo Android, outros sistemas móveis, linguagens Java, Phyton e demais plataformas envolvidas na montagem de carros autônomos, tendem a fazer bons negócios.

O carro autônomo abre um mundo de oportunidades para os desenvolvedores de aplicativos nas mais diversas plataformas baseadas em cloud computing, big data, mobilidade, Internet das Coisas, inteligência artificial, machine learning etc. É um segmento que promete gerar muito trabalho para você que faz parte da comunidade de desenvolvedores.