Desenvolvimento

24 abr, 2017

Desenvolvedor tem papel importante na produção do carro autônomo

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Um grande ecossistema está sendo criado para a produção do carro autônomo, previsto para chegar às ruas em meados de 2020. Um dos integrantes do grupo é a indústria de software presente em praticamente todo o processo do ecossistema e responsável por diversas etapas como: desenvolvimento de aplicativos para conectar o veículo, sistemas embarcados para controle de velocidade, frenagem, geolocalização, análise preditiva da mecânica do automóvel, identificação de motorista, controle de combustível, desvio de obstáculos, localização de vagas para estacionamento e muitos outras features capazes de dar inteligência ao carro. Além disso, também encontramos a participação desta indústria na comunicação com diversas redes que devem ser capazes de prestar serviços online ao motorista.

Como foi abordado no primeiro artigo sobre Carro autônomo estimula desenvolvimento de software embarcado, as montadoras estão se unindo com fornecedores de TI para conseguir fabricar veículos que dispensam condutor ao volante. Entre as gigantes que estão colaborando com o desenvolvimento do self driving car estão Intel, Apple, Microsoft, Samsung, Nvidia, IBM, Google e Sony.

Interessadas nesse mercado, indústrias de TI estão indo às compras para entregar soluções completas para o driverless car. A Intel acaba de anunciar a aquisição da startup israelense Mobileye, que desenvolve sistemas de software e hardware para que o veículo detecte situações potencialmente perigosas. O negócio, avaliado em US$ 15,3 bilhões, é o maior da história no setor de carros autônomos.

Estamos acompanhando outras movimentações do lado das montadoras e indústrias de autopeças com aquisições de empresas de software, dispositivos móveis, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (AI), big data analytics e outras tecnologias para equipar o carro sem motorista. Alguns exemplos são as compras da produtora de aplicativo Sylpheo pela Renault e Nissan; da Cruise Automation pela General Motors; e a recente compra da Argo AI pela Ford.

Há também aproximação das montadoras com centros de pesquisas e desenvolvimento do Vale do Silício. A união entre TI e a indústria automotiva é em razão do novo modelo de produção do carro autônomo, projetado com muita inovação. Relatório da consultoria IHS Automotive, estima que cerca de 10% e 25% do custo de produção de carros conectados são com software embarcado.

Potencial de negócios para desenvolvedores

Esse mercado deverá gerar um volume de negócios da ordem de US$ 42 bilhões até 2025, número que pode saltar para US$ 77 bilhões em 2023, de acordo com o Boston Consulting Group.

Devido a nova maneira de se construir carros que este novo paradigma traz, agora, serão necessárias outras peças tão importantes quanto os pistões, como por exemplo, câmeras, radares, sonares, GPSs e sensores. Com base apenas nestes mecanismos, podemos supor que os carros autônomos serão capazes de gerar 4 terabytes de dados por dia.

Para que tudo isso funcione com segurança, é necessário que todos os equipamentos trabalhem em perfeita sintonia, e como se não bastasse, esta sintonia deve estar conectada a outros dispositivos, como navegadores, e mapas com precisões e margens de erros inferiores ao centímetro.

Biga data, data Science, machine learning, cloud computing, segurança da informação, redes, robótica, software embarcado, infraestrutura e inteligência artificial são só algumas das tecnologias necessárias para que estes carros possam se tornar realidade. Com isso, é possível já perceber a quantidade de trabalho que os desenvolvedores terão pela frente.

E não para por aí, além de todo o processo de construção, inteligência, algoritmos avançados e análise de dados, os desenvolvedores também tem espaço garantido nas soluções fora do carro. Com a falta de necessidade de direção, o motorista passa a ser passageiro, e assim, tem muito mais tempo para estar conectado à rede. Com esse tempo ele pode acessar seu bankline, fazer compras, solicitar uma rota alternativa por meio de um comando de voz para que possa encontrar outra pessoa, reservar uma mesa em um restaurante, enfim, as possibilidades dependem apenas da sua imaginação e competência.

Bons estudos, boa sorte, e welcome to the Brave New World!