Agile

14 dez, 2016

Nós não somos necessariamente Ágeis… Mas, com certeza, somos ágeis!

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Você pode ter ouvido essa expressão anteriormente e, se a ouviu, o título do artigo pode ter dado informação o suficiente para entender como a Plataformatec trabalha. No entanto, se nunca a ouviu antes, ou se ainda se interessa por como nós trabalhamos, “senta que lá vem história” – Rá-Tim-Bum 1990.

Agile, agile. Tomāto, tomăto?

Você pode estar se perguntando: “Por que raios ele está diferenciando duas palavras idênticas, enquanto a única diferença entre elas é o A maiúsculo?”. Bom, você está certo… Elas deveriam significar a mesma coisa. Mas, depois de 2001, o ano do Manifesto Ágil, tudo mudou. Mas primeiramente, vamos falar um pouco de história.

O malvado modelo Cascata (Waterfall)

O modo com o qual nossa indústria rodava projetos de software antigamente é um tanto quanto antiquado. Costumava funcionar com projetos que possuíam baixa probabilidade de mudança ao seu decorrer e, portanto, era mais fácil de planejar tudo no começo do projeto. No entanto, a frase que a mãe de Forrest Gump usou para definir a vida (“A vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai encontrar” – Forrest Gump, 1994) também vale para projetos de software.

Acontece que a quantidade de mudanças durante a vida de um projeto é enorme, e a maioria das coisas que são definidas anteriormente, geralmente, perdem seu valor e não são mais necessárias.

A revolução ágil

Para que fosse possível entregar soluções de forma mais rápida e melhor (com mais agilidade), uma revolução foi iniciada na área de desenvolvimento de software. Entre os anos 1990 e 2000, muitas metodologias foram inventadas e o modelo Cascata começou a se tornar obsoleto.

Para generalizar a intenção de todas essas novas metodologias, algumas pessoas se reuniram em Snowbird, perto de Salt Lake City em Utah (EUA), e assinaram um manifesto com alguns princípios que eles acreditavam serem os pilares do desenvolvimento de software ágil. Esse manifesto ficou conhecido como Manifesto Ágil, e aqui foi onde começamos a usar a palavra com A maiúsculo.

Metodologias Ágeis

Depois do Manifesto Ágil, muitas pessoas começaram a combinar diferentes metodologias “modernas” em uma caixinha chamada de Metodologias Ágeis. Com isso, eXtreme Programming, Scrum, Kanban, Lean, AUP, FDD entre outras, se tornaram partes de uma grande caixa mágica.

Desde então, todos que falam de Ágil, estão se referindo à caixa de ferramentas e metodologias que nasceram com a intenção de serem ágeis.

O mal entendido

Quando nós falamos que somos Ágeis (ou até mesmo ágil, já que estamos falando e não escrevendo), as pessoas quase sempre nos perguntam: “Ah! Você usa Kanban ou Scrum?”. Ágil se tornou sinônimo dessas práticas. Mas e se nós estivermos sendo ágeis sem seguir nenhum processo previamente documentado?

Eles podem tirar as nossas vidas, mas eles nunca irão tirar a nossa liberdade.
— Coração Valente, 1995

Sim, estou sendo dramático. Mas sim, nós não seguimos estritamente nenhuma dessas metodologias, mesmo que tenhamos estudado a maioria delas avidamente.

O jeito plataformatec

Nós gostamos e seguimos a maioria das ideias do Manifesto Ágil. Nós reagimos rápido em relação à mudanças, mantemos uma relação constante e saudável com nosso cliente, aplicamos entrega contínua e muito mais. Mas a ideia por trás de seguir tais metodologias não é para sermos chamados de Ágeis, mas para trazer agilidade à nossa cultura. Nós queremos entregar software de maneira rápida e certeira.

Portanto, nós definimos três valores que seguimos no decorrer de um projeto:

  • Previsibilidade
    Nós queremos ser capazes de prever o máximo possível e isso nos fez construir e utilizar uma série de métricas e modelos para melhorar nosso trabalho:

  • Visibilidade
    Que visibilidade e transparência são essenciais para um projeto, todos já sabem. E nós concordamos, mas vamos um pouco mais a fundo: para nós, visibilidade não é o fim, mas o meio para um fim, que é suportar a tomada de decisão gerando ações. Nós dividimos essa estratégia em:

    • Monitoramento
      Constantemente monitorar nossas métricas para ajudar nosso cliente e nosso time a entender a saúde do projeto.
    • Análise
      Se uma de nossas métricas está fora do esperado, significa que precisamos agir.
    • Ação
      Todas as semanas nós mandamos um relatório com tais métricas para nossos clientes, juntamente com análises e sugestões de possíveis ações que podemos tomar juntos para superar a situação.
  • Excelência
    Apenas prever e ter visibilidade do processo não é o suficiente. Além disso, nós buscamos a excelência. Nós somos nerds que estudam muito para entregar a melhor solução possível. Um exemplo desse engajamento é o fato de termos quatro livros escritos por pessoas da Plataformatec (e dois ainda por vir):

Conclusão

Nós não podemos afirmar que somos Ágeis, já que não seguimos à risca nenhuma metodologia. No entanto, podemos afirmar com certeza que somos ágeis. Apresentamos aqui apenas um pouco de como fazemos projetos de software na Plataformatec. Mais artigos estão por vir para explicar em mais detalhes o que fazemos.

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Artigo publicado originalmente em http://blog.plataformatec.com.br/2016/12/nos-nao-somos-necessariamente-ageis-mas-com-certeza-somos-ageis/.