Design & UX

7 mai, 2015

Neuromarketing e Webdesign – Parte 02: 5 táticas essenciais para aplicar em seu website

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Olá, pessoal! Dando continuidade à nossa série de artigos, vamos ver as primeiras 5 táticas essenciais de neuromarketing para aplicar em seu website.

Leia o primeiro artigo da série Neuromarketing e Webdesign

1. Apresente provas sociais

Como vimos na primeira parte, nosso cérebro busca a economia de energia. Ao ver provas sociais de pessoas que aprovam o produto ou serviço, nos conformamos em aceitar aquilo como legítimo e nos sentimos mais seguros para efetuar a compra. Também nos sentimos incomodados por não fazer parte do grupo de pessoas que aproveitaram seus benefícios.

“Quando as pessoas são livres para fazer o que quiserem, elas costumam imitar umas às outras.”
– Eric Hoffer

Algumas táticas que podem trazer provas sociais para seu website:

  • Apresente outras pessoas que já usaram seu produto ou serviço. E se for uma pessoa famosa, o impacto é ainda maior, já que a imagem ativará rapidamente a familiaridade do rosto famoso e ativará nossos neurônios-espelho – um grupo de neurônios responsável por nossa tendência a “copiar” comportamentos (mais uma estratégia de economia de energia do cérebro);
  • Mostre, em números, quantas pessoas foram atendidas pela sua marca. Possui um portfolio? Que tal colocar em destaque algo como “Lançamos 72 websites no ano passado”. Assim, o cérebro interpreta algo como “nossa, eles devem saber bem o que estão fazendo”;
  • Apresente testemunhos de clientes – se possível em vídeo (com um texto complementar), sempre dentro da apresentação do produto ou serviço, contextualizando. Evite criar uma página separada apenas com testemunhos, as pessoas não vão se dar ao trabalho de clicar em um item apenas para ler depoimentos;
  • Se você possui algum estudo ou estatística que ateste seu produto ou serviço, para que guardar para si mesmo? Exiba com orgulho para seus usuários que interpretam estudos e pesquisas como verdades científicas incontestáveis;
  • Análises de produto e avaliações dos usuários aumentam incrivelmente a confiança em sua marca. Não é à toa que existem tantos blogs e portais especializados. Muitas lojas virtuais também já exibem publicamente as avaliações dos consumidores, mesmo que negativas, mas que reforçam confiança na marca.

2. Mostre reconhecimento

A virtualização das coisas prejudica a forma como o cérebro acredita em sua marca. As coisas tangíveis são preferidas pelo cérebro, e a Internet possui a limitação de trabalhar apenas alguns de nossos cinco sentidos. Por isso, busque os 6 fatores de credibilidade: criatividade, destemor, paixão, integridade, acessibilidade e expressividade, utilizando as seguintes táticas:

  • Saiu na mídia? Mostre com orgulho as reportagens e veículos de comunicação que divulgaram sua marca, produto ou serviço;
  • Utilize o aval de especialistas. Isto cria uma espécie de “aura” no seu produto que causa uma forte impressão positiva. Lembre-se daquela pasta dental que diz que 9 em cada 10 dentistas recomendam.
  • Mostre o número de compartilhamentos nas redes sociais de seu serviço ou produto específico. Números mostram claramente que muitas pessoas estão falando de seu produto, e seu cérebro interpreta, inconscientemente como “nossa, isto foi postado no Twitter 86 vezes? Deve ser bom…”;
  • Utilize widgets das redes sociais que, de preferência, exibam rostos. O cérebro adora rostos e reconhece como pessoas reais aprovando-o;
  • Mostre prêmios, certificados, selos de certificação, selos de associação. Exponha-os todos juntos como uma espécie de mural de reconhecimento, reforçando suas credenciais de segurança.

3. Crie urgência e escassez

Ao tomar decisões, o cérebro tende a superestimar a perda e subestimar o ganho. Geralmente estamos mais preocupados em perder algo do que animados para ganhar alguma coisa. O objetivo é lembrar as pessoas o que elas vão perder por não comprar ou não ser o primeiro, criando urgência e indicando escassez:

  • Inclua um contador regressivo para aquisição do produto ou serviço – Jack Bauer mode on – sendo muito importante que o usuário saiba quanto tempo falta;
  • Limite a oferta de itens para compra e mostre o número de itens restantes;
  • Vendas de temporada, finais de semana, feriados também sempre funcionam;
  • Ofereça uma (última) segunda chance condicionada a um cadastro, por exemplo.

4. Conte histórias

O cérebro adora histórias, metáforas e significados. Quando você apresenta uma história, seu espectador se coloca no lugar do personagem e se sente parte dela, como se sentisse exatamente as mesmas emoções do personagem. Se não tiver um personagem, conte a história de sua empresa ou de seu produto de forma criativa. Não é à toa que a moda dos websites que contam uma história enquanto você rola a página colou rapidamente e permanece forte até  hoje.

Uma ação incompleta ativa a imaginação para o cérebro completá-la. Logo, ao invés de mostrar alguém bebendo uma cerveja, por exemplo, mostre apenas a intenção de levar o copo à boca. Se você estiver anunciando alimentos, mostre o produto no estágio anterior a ser consumido. Para atrair o cérebro feminino mostre pessoas socializando.

5. Demonstre a recompensa

Nosso cérebro é movido por recompensas. Elas ativam o sistema de prazer do cérebro e aumentam a probabilidade de repetição de um comportamento. Apresente claramente a recompensa que seu usuário terá ao adquirir seu produto ou serviço.

  • Recompensa financeira: retorno de investimento, economia de dinheiro ou aumento de recebimentos. Todos eles mensuráveis;
  • Recompensa estratégica: melhorias de qualidade, diversificação de produtos, ciclos de venda menores, acesso a novos mercados. Não pode ser traduzido em valores financeiros;
  • Recompensa pessoal: Quando seu cliente ou seus colaboradores experimentarem mais diversão, tranquilidade mental, realização pessoal, satisfação pessoal.

Por enquanto é isso, pessoal! No próximo artigo apresentarei mais 5 táticas de neuromarketing essenciais para webdesign. Até lá!