DevSecOps

4 mar, 2013

Windows Server 2012 – novos recursos avançados

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Eu gostaria de compartilhar as novidades do Windows Sever 2012 que particularmente chamaram a minha atenção. Não farei uma lista completa das novas funcionalidades, que você pode encontrar no site oficial da Microsoft. É mais como um resumo dos recursos mais avançados e intrigantes.

Live migrations

O Windows Server 2008 R2 suportava live migrations, mas só se a localização do disco rígido virtual permanecesse a mesma, ou seja, SAN. O que o Windows Server 2012 traz de novidade é a capacidade de mover uma máquina virtual fora de um ambiente de cluster para qualquer outro host Hyper-V. Você pode até mover várias máquinas ao mesmo tempo. A única coisa que você precisa é de uma pasta compartilhada acessível a partir de dois locais e, em seguida, você poderá mover o armazenamento (migração de armazenamento) de uma máquina virtual para uma nova. O Windows Server 2012 ainda oferece a possibilidade de fazer uma migração “Shared Nothing” em tempo real, ou seja, a capacidade de migrar uma máquina virtual de um host para outro, mesmo se eles não têm ligação entre si além de um cabo de rede simples.

Largura mínima de banda

Em uma infraestrutura de virtualização típica, existem várias máquinas virtuais compartilhando o mesmo cartão de rede físico. Em períodos de carregamentos pesados, uma máquina virtual pode manipular o tráfego caso precise dele, deixando tráfego insuficiente para o resto das máquinas. No Windows Server 2008 R2, você era capaz de definir a largura máxima de banda para cada máquina virtual, o que significava que elas não poderiam ocupar mais do que a largura de banda alocada para elas, mesmo se precisassem. No entanto, isso não foi eficaz em situações em que as outras máquinas virtuais não necessitavam realmente do resto da banda. A definição de uma largura mínima de banda no Windows Server 2012 permite que você especifique o quanto de banda cada máquina virtual precisa para funcionar. No entanto, essas restrições são aplicadas apenas quando há um conflito nas necessidades de largura de banda de máquinas virtuais. Se houver banda livre, cada máquina virtual pode usá-la até outras máquinas virtuais que estão sob a sua largura mínima de banda precisarem dela.

Vamos dizer que temos um cartão Ethernet de 1 Gigabit. Nós especificamos as larguras mínimas de banda para as máquinas virtual (VM) 1, VM2, VM3, respectivamente em 500 Mb, 300 Mb e 200 Mb (a soma não pode exceder a largura de banda total do cartão Ethernet). Em um momento de menor atividade de VM2 e VM3, VM1 usa 700 MB de largura de banda disponível, VM2 e VM3 usam 100 Mb cada. No entanto, no momento seguinte, uma transação é processada para VM2, e ela precisa de toda a sua largura de banda disponível. Quando isso acontece, VM2vai ocupar primeiro os 100 Mb disponíveis, mas porque ela ainda precisa de mais largura de banda e está sob sua largura mínima de banda de 300 Mb, V1 (que excede sua largura mínima de banda) terá que dar a VM2 mais 100 Mb.

Virtualização de rede

O que isso te permite fazer é ter várias redes virtuais, possivelmente com os mesmos esquemas de endereços IP, sobre a mesma rede física. É realmente útil para provedores de serviços em nuvem. No entanto, ele pode ser usado nas empresas, por exemplo, quando o tráfego HR ou Payroll deve estar totalmente separado do resto do tráfego. Ela também permite que você mova máquinas virtuais sempre que precisar delas, apesar da rede física, até mesmo para a nuvem. Para que isso seja possível, cada máquina virtual possui dois endereços diferentes para cada placa de rede. Um é utilizado para a comunicação com o resto das máquinas virtuais e hosts naquela rede e é chamado de endereço do cliente. O outro é chamado de endereço do provedor e é usado somente para comunicações na rede física. Esses endereços são dados para que diferentes clientes/departamentos tenham endereços específicos para que o provedor saiba qual o tráfego vem do cliente/departamento. Dessa forma, o tráfego é completamente isolado a partir de qualquer outro na rede física.

Medição de recursos

Permite que você faça facilmente o seu planejamento de capacidade, porque coleta informações para o uso de recursos de uma máquina virtual ao longo de um período de tempo. Além disso, o Windows Server 2012 introduz o conceito de pool de recursos. Eles combinam múltiplas máquinas virtuais pertencentes a um cliente específico ou utilizadas para uma função específica, e as métricas de recursos são coletadas em uma base de usuário/função. Essa técnica é útil para as necessidades de orçamento de TI e cobranças de clientes. As métricas geralmente coletadas são: média de uso de CPU (por um período de tempo selecionado), média de uso de memória, uso mínimo de memória, uso máximo de memória; alocação máxima de disco; tráfego de entrada de rede; tráfego de saída de rede.

Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP)

Um servidor rogue DHCP é um servidor falso que é conectado à rede, coleta solicitações do servidor DHCP e responde com informações de endereçamento incorreto. Active Directory protege seu serviço de DHCP não permitindo que outros servidores DHCP funcionem na rede até que sejam autenticados. No entanto, isso não se aplica aos servidores DHCP que não são Microsoft-Windows. Eles ainda podem se conectar à rede e dar endereços. O Windows Server 2012 limita isso, permitindo que você especifique quais portas podem ter servidores DHCP anexados. Portanto, se o intruso estiver ligado a qualquer outra porta, seus pacotes falsos de servidor DHCP seriam abandonados.

Snapshots

Eles são usados ​​principalmente quando você precisa de um tempo de recuperação em caso de erro. Por exemplo, quando você aplica um service pack em um servidor de produção, você pode querer dar a si mesmo uma backdoor no caso de algo ruim acontecer. Você pega o snapshot antes da instalação do service pack e, se necessário, recupera o servidor com ele. O que acontece se você não precisa dele? Você acompanhou o servidor por um tempo e tudo parece normal após o patch? Você não precisa mais do screenshot. No entanto, no Windows Server 2008 R2, você não podia simplesmente se livrar dele. Você teria que fazer uma pausa na máquina virtual por um tempo, tornando-a inacessível. O Windows Server 2012 tem um novo recurso, chamado Hyper-V Live Merge, que permite liberar o snapshot enquanto a máquina continua a funcionar.

Em futuros artigos sobre o Windows Server 2012, vamos dar uma olhada mais profunda nestes e alguns recursos mais avançados novos.

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Artigo traduzido pela Redação iMasters, com autorização do autor. Texto original da equipe Monitis, liderada por Hovhannes Avoyan, disponível em http://blog.monitis.com/index.php/2012/11/07/windows-server-2012-new-advanced-features/