DevSecOps

1 abr, 2015

A ascensão do Wi-Fi público e gratuito

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O termo Wi-Fi é uma marca registrada da Wi-Fi Allience. Sua nomenclatura é utilizada por produtos certificados que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN) baseados no padrão IEE 802.1. Sua expansão pública com pontos de acesso gratuito vem trazendo enormes benefícios para os mais variados profissionais e estudantes que necessitam de conexões em locais remotos e fora de seus ambientes rotineiros.

Seu padrão de conexão opera em faixas de frequências que não necessitam de uma licença para sua instalação e/ou operação. Esse fato as torna mais atrativas. Porém, para o uso comercial de conexão Wi-Fi no Brasil, é necessário que o equipamento seja homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações. Dessa forma, as frequências tornam-se livres de licença, fazendo com que o usuário não pague por nenhuma taxa para usufruir do serviço.

Para uma boa conexão por meio de uma rede Wi-Fi, o ponto de acesso deve se concentrar em locais com maior frequência na circulação de pessoas baseando-se no centro do raio de ação ou em uma área de abrangência, conhecida por hotpost. Assim, o usuário poderá acessar a rede com um dispositivo móvel que tenha capacidade de comunicação sem fio.

Um sinal de Wi-Fi ocupa cinco canais na faixa de 2,4 GHz, fazendo com que qualquer par de números de canais que diferem por cinco ou mais, tais como 2 e 7, não se sobreponham. O dito que se repete é de que os canais 1, 6 e 11 são os únicos canais que não se sobrepõem, entretanto, isso não é conciso. Potência isotrópica radiada equivalente (EIRP) na UE é limitada a 20 dBm (100 mW). O padrão mais rápido atualmente, o 802.11n, usa o dobro de espectro de rádio/largura de banda (40 MHz) em comparação com 802.11a ou 802.11g (20 MHz). Isso significa que só pode haver uma rede 802.11n na banda de 2,4 GHz em um determinado local, sem interferência de/para o tráfego da outra WLAN. 802.11n. Também podem ser configurados para usar 20 MHz de largura de banda só para impedir interferências em comunidades densas.

No início dos anos 2000, muitas cidades ao redor do mundo anunciaram planos para construir redes gratuitas de Internet. No Brasil, o projeto pioneiro e inovador “Wi-Fi Livre SP”foi desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo, e hoje atende 108 pontos como praças ou localidades públicas no município, abrangendo todos os 96 distritos da Capital e com estimativa para mais 13 pontos de acesso.

Empresas provedoras de Internet também estão oferecendo conexão Wi-Fi em locais públicos para seus clientes. Três provedoras já proporcionam seis mil pontos de acesso em locais públicos distribuídos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife e Salvador. A NET oferece conexão fluída via hotposts que podem ser localizados por meio do aplicativo “Net App” para smartphones com os sistemas Android e iOS. A conexão é feita através de login e senha, e os clientes passam a ter acesso gratuito em diversos locais públicos.

Existem também linhas de ônibus locais e interestaduais com frotas equipadas com redes Wi-Fi. Algumas paradas, terminais e até mesmo aeroportos podem ser encontrados com redes de acesso gratuito. Geralmente, para se conectar, o passageiro tem acesso por 15 minutos – a conexão é feita por senha, e a velocidade é de 5Mbps.

Porém, esse tipo de conexão tem um preço, e os riscos associados a essas redes públicas podem acarretar no vazamento de informações importantes. Devido ao seu raio de alcance, é necessário impor certo controle sobre o acesso. Por essa razão, existem diferentes mecanismos de segurança para proteger os dispositivos na rede, evitando o acesso não autorizado de outros aparelhos. Conheça os principais:

  • WEP: Também conhecido como Wired Equivalent Privacy, existe desde o padrão 802.11 original, incidindo em um mecanismo de autenticação que funciona basicamente na forma fechada ou aberta através do uso de chaves, de tal modo, que ao ser definida uma chave, o dispositivo terá que fornecê-la. Esse sistema pode trabalhar com chaves de 64 bits e de 128 bits (pode-se encontrar também 256 bits), apresentando, portanto, diferentes níveis de segurança, sendo a última a mais segura. No entanto, não se indica a utilização do WEP devido às suas possíveis falhas de segurança.
  • WPA: Devido ao problema com a segurança no WEP, a Wi-Fi Alliance criou o formato Wired Protected Access (WPA), que é mais seguro que o WEP por se fundamentar em um protocolo chamado Temporal Key Integrity Protocol (TKIP), que ficou popular como WEP2. Sendo assim, ao contrário do WEP, nesse sistema a chave é trocada periodicamente, sendo a sequência definida na configuração da rede (o passphrase). Por essa razão, sugere-se a utilização do WPA em vez do WEP.
  • WPA2: O WPA2 é uma variação do WPA que se baseia no protocolo Advanced Encryption Standard (AES), sendo distinguida também como 802.11i, que é um conjunto de especificações de segurança. Esse mecanismo oferece um alto grau de segurança, mas tem como deficiência a alta exigência de processamento, o que pode prejudicar o desempenho do equipamento em que opera. Por esse motivo, não é recomendável para usuários domésticos, além de não ser compatível com equipamentos antigos.

Lembre-se, em alguns casos, a melhor opção para acessar a Internet fora de casa é a utilização de um Modem 3G.