E-commerce

25 nov, 2015

E-commerce e gamification: porque adotar essa técnica

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A competitividade na área de e-commerce é gigantesca como todos bem sabem e estratégias para alavancar os negócios são muito bem vindas, quando utilizadas adequadamente.

No último levantamento realizado sobre a quantidade de lojas virtuais no e-commerce brasileiro, apurou-se que eram 45 mil lojas, sendo que cerca de 70% destas não completavam nem 10 vendas ao mês. Pode ser um balde de água fria para aqueles que pensam em ter um e-commerce, mas por outro lado, serve como uma das razões para se colocar em um planejamento: inovação. A loja virtual tem que se reinventar sempre, ou seja, são necessárias horas de trabalho para ações constantes de marketing e implementação de novas técnicas no plano de negócios.

A gamification aparece como uma nova estratégia no e-commerce. Ela é muito bem vinda, principalmente quando se fala em fidelizar o cliente. Apesar de não ser algo novo, até então era difícil encontrar cases de sucesso, principalmente cases brasileiros. Porém, uma vez que a estratégia é adotada, as chances de ganhar a fidelidade dos clientes aumentam e muito!

Alguns se referem à gamification como estratégia, outros como processo; enfim, é a busca de estímulo de engajamento na interação entre pessoas, empresas e suas marcas de maneira lúdica, de forma que os sistemas, serviços e atividades se tornem mais agradáveis e motivadores, por meio do emprego de elementos de design de jogos em contextos que não são de jogos.

Um estudo recente da Gartner aponta que 400 em um universo de 1000 organizações globais irão utilizar gamification de alguma forma em suas operações comerciais em 2015. Existe ainda uma prospecção de cerca de US$5.5 bilhões desse mercado até 2018. É um processo que está aqui para ficar e no decorrer deste artigo são apresentadas algumas abordagens para se usar no e-commerce.

Mas antes de tudo, é importante salientar que gamification não é uma solução para problemas. Deve-se ter bem claro qual é o objetivo de negócios para adequar a gamification. Ou seja, ter bem claro qual é o objetivo do jogador e não apenas do seu negócio.

Prova disso é um dos estudos da Gartner relacionado ao assunto, apontou que até o final de 2014, cerca de 80% das aplicações gamificadas não iriam cumprir seus objetivos por má concepção.

Um exemplo disto é o serviço do Google que lançou em 2011 o Google Notícias Badges que concedia crachás para os leitores do Google Notícias que mostraram que tipo de notícias eles estavam lendo na política ou esportes, etc. Mas foi tirado do ar.

E como fazer no e-commerce e de forma eficaz?

É óbvio que antes de tudo, deve-se conhecer o cliente, mas efetivamente conhecer seu comportamento, minerar os dados relacionados à sua experiência junto à loja virtual, entender como o comprador da loja age, como ele compra e, assim, encontrar meios de como fazê-lo sentir-se único. Assim é possível personalizar para que o seu cliente se torne algo a mais, um parceiro e fiel.

Por envolver pessoas, é claro, que existe um lado psicológico. E o lado psicológico que envolve a gamification é o seguinte: a pessoa tem a oportunidade de conseguir alguma coisa, um objetivo como, ganhar pontos, cupons, chamados normalmente de recompensas. Quando as pessoas são recompensadas, elas ativam centros de prazer no cérebro conferindo-lhes sentimentos positivos, o que significa lealdade à sua loja.

Devem ser ainda utilizados como base elementos essenciais dos jogos como design e acúmulo de pontos de forma a fornecer ao cliente:

O desafio: O cliente deverá ser motivado a tomar parte do jogo. Você pode prometer um bom prêmio ou um código de cupom que tenha relevância. Tente você mesmo responder à pergunta: “Por que eu iria entrar nesse jogo?”.

As instruções: O cliente deverá receber instruções completas e diretas de como agir. Em ambiente virtual, praticamente ninguém quer ficar lendo instruções, então isso deve ser tornado algo prazeroso, o mais simples possível e em pouquíssimas palavras.

A recompensa: Este é o momento mais esperado do cliente: quando ele recebe o que ganhou.

Quando o usuário concluir todas essas etapas, ele pode ser motivado a repeti-los mais uma vez, mas de uma forma que ele consiga ser mais rápido, melhor e mais forte. Como em um jogo e, assim, ele consegue melhores pontuações e receber recompensas maiores.

Alguns exemplos de gamification:

DropBox: para ter mais espaço na nuvem existem regras a serem cumpridas que, quando alcançadas, você tem a sua bonificação.

  • Ação: convide amigos e faça um tour para conhecer melhor a ferramenta;
  • Engajamento: compartilhe ações dentro do sistema em suas redes;
  • Recompensa: maior espaço na nuvem.

Bonobos:

  • Ação: #secretcode
  • Engajamento: se compartilhados os tweets, eram liberadas imagens secretas da loja virtual;
  • Recompensa: caso as imagens fossem encontradas, os clientes ganhavam descontos nas compras. É interação e diversão.

O campo é bastante promissor para o comércio eletrônico. O cliente deve receber algo tangível para ser inspirado e cada e-commerce deve avaliar a sua especificidade e a forma que a gamification funciona melhor, de maneira que não seja comprometido o fluxo de caixa (um cupom, um presente pequeno).

Isso tudo leva tempo e esforço, mas com isto, consegue-se construir uma comunidade de clientes fidelizados na loja e com certeza valerá a pena o investimento e o esforço.

Em nosso próximo artigo citaremos outros exemplos que podem ser utilizados no e-commerce.

Até lá!