Carreira Dev

31 out, 2014

Transações via pagamento mobile devem crescer mais de 60% em 2015

Publicidade

A 10ª edição do World Payments Report, elaborado pela Capgemini e pelo Royal Bank of Scotland (RBS) revelou que o volume de pagamentos sem o uso de dinheiro em espécie subiu 9,4%, chegando a 366 bilhões de transações em 20131. O resultado se deve ao forte crescimento nos mercados em desenvolvimento e ao uso de cartões de crédito (aumento de 9,9%) e débito (aumento de 13,4%2). Em termos de movimentações financeiras sem dinheiro, o Brasil continua sendo o terceiro maior país no ranking global, atrás dos Estados Unidos e da Europa.

mobile-pagamento

De acordo com o estudo, mais de 50% do volume de pagamentos sem o uso de dinheiro vivo foram gerados nos países em desenvolvimento, apesar de essas localidades representarem somente 25,5% do mercado total, com 93 bilhões de transações. A China ainda está relativamente atrasada em relação às operações sem dinheiro, mas sua população e taxa de crescimento sugerem que, havendo as condições certas, o País poderia, em breve, ultrapassar os Estados Unidos e a Zona do Euro nos próximos cinco anos. Atualmente, um em cada cinco usuários de serviços bancários móveis (mobile banking) vive na China. Além dela, a região que compreende a Europa Central, Oriente Médio e África (CEMEA) vem logo atrás, com 23,8% de aumento, seguidos pela Ásia emergente, com 22,8%, e América Latina, com 11%.

No Brasil, a taxa anual de transações sem dinheiro em espécie ficou em 13,5% entre 2008 e 2010 mas, no período entre 2010 e 2012, caiu para 8% ao ano. As operações com cheques diminuíram 7% ao ano, e chegaram a 9% em 2012. O maior crescimento no País tem sido das operações com cartões, com elevação de 17% ao ano desde 2010. O cartão de débito desacelerou, enquanto o crédito permaneceu em alta. Desde 2011, as transferências de crédito crescem 8% ao ano e, os débitos, 5%. Em 2008, 33% das transações no Brasil eram feitas com cartões e, em 2012, esse número correspondia a 37%. A utilização de cheques caiu de 14% para 6%; já os débitos diretos subiram de 6% para 19% do total das transações sem dinheiro vivo, e as transferências de crédito de 47% para 38%.

Apesar da elevação de transações nos mercados em expansão, os Estados Unidos e a Zona do Euro ainda estão na frente, em termos de operações financeiras por habitante. A Finlândia, com 448 transações por pessoa, por ano, continua sendo a líder, registrando um aumento de 10,6% em 2012 e ultrapassando outros países da Europa e América do Norte. Os Estados Unidos aparecem com o segundo maior número de transações sem dinheiro por habitante, 376, mas a alta na região foi de apenas 2,6% em 2013.

O maior uso de tablets e smartphones está levando à convergência dos pagamentos eletrônicos e móveis, trazendo um novo desafio para as provedoras de serviços de pagamento (PSP). Para 2015, a previsão é de que os pagamentos móveis cresçam 60,8% e os eletrônicos recuem para 15,9% por ano, à medida que mais pessoas passem a usar dispositivos móveis para efetuar pagamentos.

“O World Payments Report deste ano revelou que a maioria das provedoras tradicionais de sistemas de pagamentos já fizeram da transformação de seus métodos de processamento uma prioridade de curto prazo”, explicou o diretor de vendas e marketing de serviços financeiros da Capgemini, Jean Lassignardie. “No entanto, a pressão vem tanto da concorrência como de novas iniciativas regulatórias, para que ofereçam inovações de última geração como Square, IZettle e Swift para gerar valor tangível para os consumidores. Isso requer que as empresas de pagamento desenvolvam uma visão de longo prazo para os processamentos de operações, capaz de ser executada de maneira tática por meio de projetos estratégicos, ágeis e curtos”, completou.

O relatório completo pode ser acessado pelo site www.worldpaymentsreport.com.

Com informações de Convergência Digital