Tecnologia

28 nov, 2014

Tecnologia da Intel vai criar SSDs com capacidade de 10 TB ou mais

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A Intel anunciou o desenvolvimento de novos chips NAND 3D, um sistema que pode levar os limites de armazenamento dos drives SSDs para a casa dos 10 TB. Apesar de a solução não ser inédita no mercado, a empresa destaca que sua técnica oferece uma densidade de espaço muito superior do que a solução anunciada pela Samsung, por exemplo.

SSDs são discos rígidos que usam o mesmo conceito tecnológico de um pendrive. São unidades de armazenamento de alta densidade que dispensam o disco magnético, do HD tradicional. Com isso, eles são muito compactos, gastam menos energia, são mais duráveis e extremamente rápidos.

intel

A maioria dos drives SSD disponíveis no mercado hoje é construída com vários chips do tipo NAND, que se encarregam de guardar arquivos. Tradicionalmente, um chip pode ser entendido como uma estrutura 2D, construída no plano horizontal. Nesse caso, quanto mais espaço você desejar ter em um drive, maior será o chip e o dispositivo SSD.

O problema é que construir chips com áreas grandes é algo extremamente desaconselhável, pois aumenta consideravelmente os custos de produção e elimina vantagens de eficiência energética, por exemplo.

A ideia dos chips em 3D é eliminar o modelo horizontal e construí-los em camadas sobrepostas. Isso possibilita manter a mesma área, mas aumentar a densidade do chip, já que cada uma das 32 camadas sobrepostas multiplica a capacidade de retenção de dados de cada unidade. A Intel divulgou que sua técnica permite que um chip de 256 gigabits tenha até 32 camadas, e há a possibilidade de a empresa confeccionar outros de até 384 GB. A melhor opção da Samsung chega a 86 GB.

De acordo com a Intel, os novos discos rígidos com 10 TB poderão chegar ao mercado dentro de dois anos. Mas há algumas questões a serem respondidas sobre a confiabilidade de unidades flash tão densas: hoje um SSD de 1 TB custa algo em torno de R$ 1.500 no Brasil. Ao que tudo indica, essas primeiras gerações serão bem mais caras, além de restritas a servidores e sistemas muito específicos.

Com informações de Techtudo