A Samsung anunciou na semana passada, em São Paulo, a abertura da sua nova unidade de negócios Media Solution Center, que terá como foco fortalecer parcerias para o desenvolvimento de aplicações no Brasil, principalmente o desenvolvimento de aplicações que prestem serviços aos consumidores.
De acordo com a empresa, antes mesmo da obrigatoriedade de inserir apps nacionais nos dispositivos móveis para ter acesso a desonerações de impostos federais da Lei do Bem, a Samsung já estava de olho no desenvolvimento local de apps.
Fiama Zarif, vice-presidente da área, explicou que, para cumprir a obrigatoriedade da lei, a companhia tem apostado em “uma forma democrática” de oferecer os aplicativos nacionais, por meio de widgets. “Estamos trabalhando isso através de widgets, que permitem ao usuário escolher o que quer instalar. Essa é uma das nossas estratégias para oferecer isso de forma democrática, e não colocar os aplicativos já dentro do aparelho. Os widgets permitem a escolha do app na hora de configurar o aparelho”.
Segundo Fiama, esse mercado tem movimentado mais de US$ 1,5 bilhão por ano, com um crescimento anual estimado em 20% até 2017, impulsionado pelos smartphones e pelo aumento do consumo de dados e, de acordo com a empresa, a nova estratégia para o mercado de aplicações é ir além do hardware e criar um ecossistema com novos conteúdos, serviços e formas de compartilhamento. “Nossa estratégia é fomentar parcerias locais. Há um mercado inexplorado de conteúdos nacionais e com capacidade de alavancar esses produtos trazendo desenvolvedores”.
A gestora comentou sobre a intenção de fugir do comum e trazer aplicações que, de alguma forma, prestem serviços para os usuários. “Hoje, de uma maneira geral, 80% dos downloads de apps são concentrados nos 50/100 principais do mercado. Queremos trazer aplicações que tragam descontos, ofereçam benefícios exclusivos”.
No Galaxy Note 10.1, a fabricante inseriu cerca de R$ 3 mil em benefícios por meio de aplicativos. “Nossa missão não é investir apenas em hardware, mas integrar com software e serviços, trazendo conteúdos relevantes aos nossos usuários”, comentou.
No mercado de dispositivos, a fabricante passou de 17º lugar em 2011 para 8º esse ano, e a expectativa é estar entre as top 5 até 2020. Para isso, uma das apostas é a área de P&D. Apenas em 2012, o investimento foi de US$ 10 bilhões, e a estimativa é aproveitar essa força para alavancar a área no Brasil, com o projeto que envolve empresas nacionais, estudantes e universidades. “Queremos trazer desenvolvedores para aprender sobre novas funcionalidades”, disse Fiama, acrescentando que um dos benefícios desse relacionamento é a possibilidade de fazer a aplicação ter visibilidade em outros mercados. “Temos condições de levar esses produtos para outros países, por meio da nossa relação com outros escritórios, e isso é importante para os nossos desenvolvedores”.
Os desenvolvedores interessados em integrar no time da Samsung podem entrar em contato com a companhia por este link.
Com informações de Linux Magazine