Desenvolvimento

18 fev, 2014

Open Knowledge chega ao Brasil

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A Open Knowledge, fundação com atuação em mais de 40 países em diversas frentes para a abertura de conhecimento, oficializou o capítulo brasileiro, o primeiro fora da Europa. Na prática, a recém-criada Open Knowledge Brasil – em português, a Rede pelo Conhecimento Livre – poderá investir em projetos próprios e na formação de comunidades e redes locais sensíveis aos problemas nacionais.

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Criada em 2004 na Inglaterra, a Open Knowledge coordena uma rede global para a abertura de conhecimento em várias áreas: dados governamentais, recursos educacionais, conhecimento científico e bens culturais. A organização também desenvolve e implementa ferramentas, como o CKAN, uma plataforma para a abertura de dados governamentais usada em dezenas de países, como os EUA e o Brasil, além de desenvolver cursos e atividades, como a Escola de Dados, uma iniciativa para disseminar a cultura de dados na sociedade, disponível, por enquanto, em português, inglês, francês, espanhol e grego.

A Open Knowledge Brasil ficou no forno durante dois anos. “Percebemos uma oportunidade imensa para trabalhar com diversos grupos que já atuavam no país nas diversas áreas de interesse da Open Knowledge, mas de forma isolada”, afirmou Everton Alvarenga, diretor-executivo da Open Knowledge Brasil. Antes de liderar o capítulo brasileiro, Alvarenga coordenava um programa de educação da Wikimedia Foundation no Brasil.

O capítulo brasileiro da Open Knowledge já trabalha com diversos grupos locais que promovem o conhecimento livre, como a Transparência Hacker, que trabalha para aumentar a transparência governamental e disseminar o jornalismo guiado por dados;a Wikimedia Brasil, movimento local de colaboradores e entusiastas da cultura wiki; os Recursos Educacionais Abertos do Brasil, que procuram aumentar o acesso a recursos educacionais; o Grupo de Trabalho Brasileiro em Ciência Aberta, em que pesquisadores têm trocado experiências sobre práticas científicas abertas; e o movimento Hackerspace brasileiro, exemplificado pelo Garoa Hacker Clube, em São Paulo.

Segundo Alvarenga, a Open Knowledge Brasil vai trabalhar como uma plataforma para que diversos projetos possam prosperar de forma dinâmica e menos burocrática. “Um dos nossos maiores desafios será construir uma comunidade vibrante com projetos sustentáveis, trabalhando para garantir que boas iniciativas de todas as partes da sociedade encontrem continuidade e apoio, em vez de exaustão e abandono”, disse.

Acesse o site da Open Knowledge Brasil e participe: http://br.okfn.org/