Tecnologia

3 fev, 2015

Oitava edição da Campus Party começa oficialmente

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Hoje, começou oficialmente a oitava edição da Campus Party Brasil, um dos maiores eventos de tecnologia, inovação, empreendimento e cultura geek do Brasil e da América Latina. O evento segue até o próximo sábado.

Foto: Rafael Romer/Canaltech.
Foto: Rafael Romer/Canaltech.

“É a primeira vez na história da humanidade que a geração dos filhos ensina aos pais e aos avós”, afirmou o presidente da Campus Party Brasil, Francesco Farruggia, durante a coletiva de abertura do evento. “(Os campuseiros) estão aqui, e isso é importante porque a Internet não é uma rede de máquinas, é uma rede de pessoas. E essas pessoas estão aqui para criar o futuro”.

Neste ano, a conexão cabeada da Campus Party, fornecida pela Telefônica, será de 50 GB, um aumento de 25% em relação à conexão do ano passado, de 40 GB. A cobertura já é equivalente à conectividade disponibilizada em cidades como Belo Horizonte e Fortaleza. Dentro do Campus também haverá cobertura 3G e 4G da operadora.

Em tempos de crise hídrica e de energia, a Internet não é a única infraestrutura importante para o evento. Mas, segundo a organização, os campuseiros podem ficar tranquilos: o local de realização do evento, o Expo São Paulo, conta com uma cisterna própria e a energia está garantida por geradores que somam 9 megawatts, o equivalente ao consumo de uma cidade de 30 mil habitantes.

Neste ano, o evento terá um hackathon focado na tendência da Internet das Coisas (IoT). A ideia é envolver grupos de até três participantes no mercado de IoT, que deve se expandir consideravelmente no Brasil neste ano. Segundo projeções da consultoria de mercado IDC, serão 130 milhões de “coisas” conectadas no País até o final do ano.

Para o hackathon, a Telefônica disponibilizará dois kits diferentes aos participantes. O primeiro será um kit wearable, composto por uma pulseira carregada com sensores, bateria regarregável e conectividade Bluetooth e Wi-Fi; já o segundo kit é composto por um microcontrolador com sensores embutidos e um processador Raspberry Pi. O concurso seguirá até sábado, quando os melhores projetos serão premiados.

Haverá também um desafio de programação voltado para o público feminino, realizado em parceria da Telefônica VIvo com a Fundação Lemann, com o intuito de estimular o aprendizado de programação entre as participantes da Campus Party. Mesmo entre os campuseiros, a porcentagem de programadores é baixa: apenas cerca de 30% sabem programar em alguma linguagem. O evento proporcionará palestra e workshops para popularizar a programação entre as participantes.

Além disso, haverá um desafio apelidado de Technovation, que estimulará a criação de aplicativos para solucionar problemas sociais. Os vencedores poderão participar de um pitch internacional no Vale do Silício para concorrer a um prêmio de US$ 10 mil.

Os portões da Campus Party se abriram hoje, às 12h. Até o próximo sábado, 8 mil campuseiros acamparão no evento para aproveitar o conteúdo de 600 palestras e workshops. A expectativa é de que 100 mil pessoas também passem pela parte aberta do evento até o final de semana.

Neste ano, a Campus Party terá o tema “Da Terra à Lua”, que homenageia os 150 anos de publicação do livro homônimo do autor francês Julio Verne. Assim como a temática do evento, os dez palcos de conteúdo também tiveram seus nomes modificados e agora estão nomeados de acordo com os planetas e astros do sistema Solar.

Entre os participantes de destaque do encontro estão o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, o ator Paul Zaloon, intérprete de O Mundo de Beakman, e do jovem empreendedor Shubham Banerjee, criador de uma impressora braile com peças de Lego.

Para quem ficou de fora da Campus em São Paulo, neste ano também foi apresentada a plataforma online campuse.ro, uma espécie de rede social para geeks que permitirá que campuseiros de outros países e internautas que não participarão do evento assistam a todo o conteúdo de palestras e workshops online.

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Com informações de Canaltech