Cloud Computing

29 ago, 2014

Nuvem privada deve ser opção de 76% de empresas no Brasil até 2019

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Até 2019, as nuvens privadas deverão ser a opção de 76% de empresas brasileiras. A constatação vem do estudo Business Cloud in Brazil: Research Report 2014: At the tipping point of accelerated adoption (Nuvem corporativa no Brasil: Relatório da Pesquisa de 2014: No ponto crítico da adoção acelerada, em português).

O relatório foi divulgado pela Grupo Capgemini com foco exclusivo no Brasil, para entender, no mercado local, a evolução da adoção dos modelos emergentes de infraestrutura corporativa e ambiente de aplicação na era da nuvem.

A pesquisa levantamento foi realizada por uma empresa independente de pesquisa de mercado, a Coleman Parkes Research. Para isso, entrevistou 415 executivos de tecnologia (CIOs, diretores, líderes, gerentes de aplicações e gerentes de infraestrutura) de grandes e  médias empresas, públicas e privadas, instaladas no Brasil, entre março e abril de 2014. Foram contemplados os setores público, de consumo, varejo, financeiro, manufatura, energia e telecomunicações.

O estudo revelou o padrão atual de evolução da adoção da nuvem no País, que não dispõe de nenhum modelo predominante. As empresas menores tendem a usar a nuvem pública, enquanto as médias e as grandes dão preferência às redes híbridas.

Assim, aproximadamente 26% dos entrevistados afirmaram não ter nenhuma preferência por um modelo específico de nuvem.  Em seguida, a opção varia entre a nuvem pública – o modelo mais atraente, com 24% – privada para as instalações da empresa (18%), híbrida (18%, pública e privada) e privada gerenciada por terceiros (14%).

No entanto, a previsão é de que esse cenário mude entre dois anos e cinco anos. Existe uma tendência de migração gradual da nuvem pública em favor de uma grande variedade de modelos privado e híbrido.

Se os modelos privados internos e externos e os híbridos forem combinados, a estimativa é de que, até 2019, o padrão privado seja claramente a opção de 76% dos entrevistados, deixando a nuvem pública “pura” com apenas 17% (caindo de 24% para 20% e, posteriormente, para 17%). Os demais devem, ainda, decidir sobre a sua abordagem preferida.

Tendências

“A tendência é que, em pouco tempo, a maioria das empresas passe a adotar a nuvem híbrida, devido à quantidade de aplicações e capacidade de armazenamento que podem ser processadas na nuvem pública”, afirma o diretor de soluções integradas da Capgemini no Brasil, Gustavo Trevisan, um dos coordenadores da pesquisa.

Outros pontos analisados foram o modelo de entrega de Software-as-a-Service, utilizado atualmente por 73% das empresas que adotam a nuvem, e o aumento do modelo de Enterprise App Store (Loja de Aplicações Corporativas) – mais de 70% dos executivos têm ou planejam desenvolver esse formato.

Além deles, o modelo de Infrastructure-as-a-Service (IaaS) deve crescer e alcançar o amadurecimento (um salto dos atuais 55% para 88% entre os que pretendem implementá-lo em dois anos); já o Platform-as-a-Service Market (PaaS) é a escolha atual de 39% dos entrevistados, com outros 34% que planejam utilizá-lo.

Apesar de alternativas, os data centers brasileiros continuam a consumir uma alta proporção de Capital Expenditure (Capex – investimentos em ativos), com 48% dos executivos gastando atualmente entre 20 e 60% em data centers. Porém, esse modelo está mudando para a gestão terceirizada, elevando o volume de dados na nuvem e a necessidade de proteger os dados.

“Sabemos que grande parte da estratégia de adoção da nuvem de nossos clientes passa pela necessidade de segurança e de controles mais rígidos. Dessa forma, poderão lidar com os desafios do ambiente macroeconômico globalizado, alcançando um retorno positivo de seus investimentos na nuvem”, explica Trevisan.

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Com informações de Computer World