Tecnologia

7 jul, 2015

Microsoft vai pagar US$ 500 mil em pesquisas para novos usos do HoloLens

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A Microsoft está empenhada em fazer com que o HoloLens não siga o mesmo caminho do Kinect em termos de potencial desperdiçado. Para isso, a companhia decidiu investir pesado em maneiras de atrair desenvolvedores que queiram trabalhar com a tecnologia de realidade aumentada proposta pelos óculos.

De acordo com uma oferta publicada dentro do site da própria empresa, cinco grupos de pesquisadores e produtores de conteúdo serão escolhidos e vão receber, cada um, um par de HoloLens e a quantia de US$ 100 mil para financiar todo o trabalho de desenvolvimento de aplicações para a novidade.

hololens

Jeannette Wing, a vice-presidente do departamento de pesquisa da Microsoft, afirmou que a ideia é abrir as portas para que mais pessoas tragam pontos de vista diferentes para a evolução da tecnologia. Segundo ela, a expectativa é de que esses desenvolvedores pensem em formas inventivas de usar o HoloLens, seja em termos de ensino interativo, de criação de peças artísticas que misturem realidade e hologramas e até novas maneiras de fazer com que as pessoas se relacionem.

Assim, os US$ 500 mil investidos pela companhia nesses grupos de pesquisa podem ser o ponto que vai diferenciar os óculos do Kinect e do triste destino que o sensor de movimentos tomou. Quando o acessório chegou ao marcado, no fim de 2010, muitos hackers criaram formas muito mais interessantes de usar o acessório do que aquelas que a Microsoft havia apresentado. Assim, ao dar espaço para que essas equipes trabalhem com a tecnologia de realidade aumentada, a empresa abre as portas para que essas novas ideias possam ser melhor trabalhadas.

Esse tipo de iniciativa não significa que a companhia não tem ideia do que fazer com o HoloLens. Ao abrir o seu programa de pesquisa para que outros grupos ingressem, a empresa amplia o seu leque de possibilidades para propostas que nem mesmo ela havia imaginado inicialmente, o que pode dar vida nova à tecnologia e torná-la tão versátil quanto se espera. Tanto que, apesar de a Microsoft listar alguns pontos nos quais os óculos podem ser aplicados — comunicação, design e até dentro do setor médico —, as diretrizes do programa de investimento não trazem nenhum tipo de limitação, e qualquer tipo de proposta pode ser apresentado pelos interessados no financiamento. A única exigência é que seja algo que realmente mostre a utilidade dos hologramas à sociedade.

As inscrições para a iniciativa começarão a ser feitas a partir de setembro e tanto universidades quanto desenvolvedores independentes podem se candidatar a receber as bolsas de US$ 100 mil.

Com informações de Canaltech