Jeff Raikes, diretor da área de negócios da Microsoft, com o risco de fazer apologia à pirataria, prefere que seus próprios produtos sejam pirateados, explicou recentemente. Surpreende uma declaração dessas por parte de uma empresa que consagra importantes métodos para repreender a pirataria de seus softwares? Talvez não, na medida que a pirataria maciça do Windows e Office favoreçam a disseminação e popularização deles no mercado.
“Se quiser piratear, preferimos que seja os nossos produtos antes que qualquer outro”, declarou Jeff Raikes durante a conferência Morgan Stanley. Em certos aspectos, a pirataria de seus softwares favorecem o desenvolvedor e conseqüentemente a sua adoção. Com o uso de softwares falsificados, certos consumidores descobrem e testam os produtos Microsoft e assim podem ser estimulados a regularizar a situação. “A longo prazo, é essencial termos uma boa base de consumidores que utilizem nossos produtos”, explica Raikes. “Com o tempo, eles podem comprar o software de forma legal”.
O diretor da área de negócios da Microsoft indica que a política instaurada pela empresa com o Windows Genuine Advantage não é impedir o uso de produtos falsificados e sim estimulá-lo à compra.
Em outras palavras, a luta contra a pirataria deve ser conduzida de modo moderado, de tal forma a não perder a base de usuários que asseguram a popularização de um software. A Microsoft também instaurou novos métodos de distribuição de seus produtos para incitar certos consumidores a regularizar sua situação, como o modelo o qual o cliente Microsoft paga apenas em função da utilização real de seus softwares.