DevSecOps

17 jun, 2014

Manifesto pede segurança na Internet brasileira

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Junto com 40 empresas, a Kaspersky Lab lançou ontem um manifesto pela segurança da Internet brasileira, com o objetivo de proteger o país de ataques e aumentar a compreensão acerca do tema. “Este é um desafio de longo prazo, que precisa começar a ser enfrentado desde já”, diz o documento.

A ideia pega carona nos recentes ataques promovidos pelo grupo Anonymous a sites brasileiros relacionados à Copa do Mundo. Dezenas de páginas, como as de alguns órgãos governamentais, foram derrubadas ou tiveram informações manipuladas, expondo a fragilidade da estrutura cibernética nacional.

O primeiro passo da iniciativa é coletar assinaturas e receber contribuições por meio de consulta pública disponível até 30 de junho. Os movimentos futuros serão definidos após a formalização da versão final do documento.

Abaixo, a descrição dos quatro tópicos do manifesto:

  1. Formar líderes experientes em cibersegurança: “Os líderes empresariais e governamentais precisam compreender os riscos cibernéticos e entender que essas questões não estão mais apenas no âmbito da Tecnologia da Informação, mas sim da governança corporativa consciente e responsável. Não cabe mais apenas ao CIO a resolução das ameaças cibernéticas. Esse é um problema que deve ser atacado de forma sistêmica, sob a liderança de CEOs e autoridades do setor público. Iremos trabalhar com as associações e empresas brasileiras, bem como com o governo, para oferecer workshops e treinamentos visando a ajudar na capacitação de nossos líderes”.
  2. Aprimorar a privacidade/colaborar com o setor público: “Os cibercriminosos acostumaram-se a agir com certo grau de impunidade. Muitas empresas preferem simplesmente reconhecer os danos decorrentes de ataques cibernéticos como perda, a fim de proteger a confiança em seus sistemas e em suas marcas, o que de certa forma instiga a impunidade. Nós almejamos trazer uma melhor compreensão sobre a adequada aplicação da lei aos líderes de negócio, visando a estabelecer melhores práticas a respeito de como lidar com o crime cibernético, principalmente quando acarretar riscos à reputação ou à confiabilidade dos negócios”.
  3. Sanar a escassez de proficiência em cibersegurança: “Dado o aumento exponencial da demanda por especialistas em cibersegurança, é fundamental a busca por novas formas de inspirar as pessoas com as competências e o desejo de manter as empresas e os governos seguros e atrair profissionais brilhantes e dedicados para o setor. Iremos trabalhar em estreita colaboração com universidades, governos e associações de segurança cibernética, visando a garantir a oferta de treinamentos, oportunidades e trajetórias de carreira claramente definidas”.
  4. Transformar as pessoas na primeira linha de defesa: “Há sempre um elemento humano nos ataques cibernéticos. Negligência, ignorância, raiva ou mesmo curiosidade são a origem de grande parte dos incidentes. Em nossa visão, o desenvolvimento de um portal público pode fomentar comportamentos mais adequados em torno da segurança cibernética e, consequentemente, ajudar a elevar de forma muito favorável o nível de investimento direto em segurança perante os crescentes investimentos em tecnologia. A formação de profissionais e cidadãos conscientes das questões de cibersegurança será vital para a contínua transformação do Brasil em uma economia moderna, globalizada e conectada”.

Com informações de Olhar Digital