Tecnologia

22 out, 2016

InterCon 2016: Como a Internet das Coisas pode ajudar no ensino

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Crianças gostam de programação, mesmo sem saber desenvolver uma linha sequer. A mágica de conseguir mandar um conjunto de peças realizar uma determinada ação, ainda que de forma básica, já encanta os pequenos. Por isso, segundo Pedro Minatel e Tiago Primo, pesquisadores da Samsung, existe uma enorme janela de oportunidades na área educacional com a chegada da Internet das Coisas.

“O que se percebe nos dados estatísticos é que, no início da aprendizagem, a criança está mais apegada à escola, mas perde o apreço com o estudo ao final do ciclo fundamental”, afirmou Primo.

Os resultados da Prova Brasil de 2013 corroboram com essa tese. Enquanto que, no 5º ano, os alunos conseguiram 40% de aprovação em português e 35% em matemática, os estudantes do 9º ano alcançaram, respectivamente, 23% e 11% nas disciplinas.

Antes do desafio tecnológico, porém, o desenvolvedor precisa descobrir como maximizar a experiência de aprendizado mantendo um calendário de aulas balanceado. “Como os professores podem aumentar o engajamento em assuntos que estão duros no livro?”, questionou Primo.

Como base, ele citou informações coletadas durante diversas conversas com educadores e alunos. A conclusão: o professor precisa dominar (e mostrar à sala) o conhecimento sobre os temas abordados e a tecnologia utilizada em classe, ao mesmo tempo em que o conteúdo deve ganhar exemplos da vida real. É aí que entra a IoT.

“É muito melhor ensinar a criança de uma forma tangível, que ela possa ver o que acontece [na sua frente]”, defendeu Pedro Minatel.

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Para instituições com poucos recursos, existem alternativas a projetos já consagrados, como o Lego e o Littlebits, mas fora da realidade financeira de muitas escolas. A principal delas é o Arduino, cuja linguagem pode ser interpretada em blocos – ideal para crianças e jovens no início do aprendizado.

Por meio do Arduino, e utilizando ESP8266, ele criou o IoTMakers, equipamento utilizado para facilitar o ensino de programação em salas de aula a um custo acessível.

Entre as oportunidades de inovação na área educacional, a dupla sugeriu, principalmente, a coleta de dados dos alunos com sensores visando inferir estados emocionais. Baseado nesses dados será possível sugerir conteúdos mais apropriados para cada sala.

Além disso, existe ainda a possibilidade de monitorar ambientes escolares para economizar energia e aumentar o conforto dos alunos.