Tecnologia

11 set, 2013

Intel lança chips a laser para servidores

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Dois anos após apresentar seus chips fotônicos a laser, a Intel lançou no mercado os primeiros módulos para a troca de dados por luz. O objetivo da tecnologia fotônica da Intel é permitir a troca rápida de dados entre chips e entre computadores.

Em vez de transmitir as informações por elétrons, a tecnologia fotônica usa fótons, as unidades fundamentais da luz.

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Enquanto os protótipos apresentados em 2011 pela empresa chegavam a uma velocidade de 50 gigabits por segundo (Gb/s), os chips de conexão óptica que chegarão ao mercado já batem nos 100 Gb/s.

A primeira aplicação será na troca de dados no interior de servidores, acelerando o trabalho dos centros de dados – uma conexão PCI-E, por exemplo, troca dados a 8 Gb/s, enquanto uma conexão de rede Ethernet não passa dos 40 Gb/s. Além disso, com a nova tecnologia, uma única fibra óptica poderá substituir dezenas de cabos muito mais grossos, deixando os racks onde os servidores são montados mais limpos e melhor refrigerados.

Entre os aspectos interessantes da tecnologia está o fato de que ela foi incorporada em uma pequena placa que pode ser conectada a um servidor comum, traduzindo seus sinais eletrônicos em sinais ópticos, permitindo atualizar as máquinas já em funcionamento.

A velocidade de 100 Gb/s foi alcançada embutindo quatro lasers de silício no interior de cada chip, cada um deles trocando dados a uma velocidade de 25 Gb/s – se for necessária uma maior largura de banda, basta usar módulos com uma maior quantidade de chips fotônicos.

Com a tecnologia, é possível obter taxas de transferência de dados no interior de racks de servidores de até 1,6 terabits por segundo em distâncias de até 300 metros – cada conector possui 64 fibras ópticas, cada uma transmitindo o sinal de um laser a 25 Gb/s.

Um elemento crucial da tecnologia são novas fibras ópticas de alta flexibilidade, desenvolvidas em cooperação com a empresa Corning, que podem ser fortemente curvadas para se adequar ao interior dos servidores sem perder velocidade.

Atualmente, todos os gigantes da indústria estão trabalhando na tecnologia fotônica, com o objetivo de alcançar maior velocidade e menor aquecimento dos processadores com a substituição da eletricidade pela luz.

Entretanto, o grande objetivo da tecnologia óptica é um processador realmente fotônico, que utilize a luz não apenas para trocar dados, mas também para fazer os cálculos.

Com informações de Inovação Tecnológica