Na semana passada, foi realizada a etapa brasileira da competição global IBM SmartCamp, em São Paulo. O encontro, voltado para startups de todo o mundo, reuniu mais de 300 pessoas, desde startups finalistas a investidores, professores, estudantes e mentores, oferecendo uma vasta experiência de mercado aos grupos. No total, foram mais de 200 startups inscritas, que deveriam obedecer algumas normas para participar do programa e concorriam a uma vaga no Launch Festival, que acontece no Vale do Silício, e é o maior evento de startups e empreendedorismo do mundo.
De todas as startups inscritas no evento, sete finalistas da etapa local estavam presentes. Cada apresentação trouxe soluções diversificadas com foco em setores como logística, educação, saúde e mercado financeiro.
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A abertura foi marcada por uma sinergia entre parceiros e cases de sucesso, e a Startup Farm deu início à apresentação, ressaltando o quanto o ecossistema de startups brasileiro ainda precisa amadurecer em comparação a outros mercados. Em seguida, Claudio de Castro, cofundador da One Cloud, lembrou aos convidados como foi difícil abrir sua startup e o quanto iniciativas como essa lhe abriram caminho. Sua empresa, que atua no mercado desde 2015, já faturou mais de US$ 1 milhão, tem 25 clientes no portfólio e foi adquirida pela Tivit recentemente.
O case de sucesso seguinte foi o da Netshow.me, startup vencedora do Smart Camp 2014, que consiste em uma rede de streaming para criadores de conteúdo digitais. “Começamos como uma empresa que poderia transmitir shows ao vivo para bandas e artistas pequenos diretamente para o seu público”, contou Daniel Arcoverde, cofundador da plataforma, eleita pela Forbes como uma das principais startups de 2015.
Depois da apresentação dos cases, teve início o pitch (termo utilizado quando alguém tenta vender a sua ideia ou modelo de negócio) de ideias e soluções para o público e jurados presentes, sendo este formado por executivos de alto nível, como Marco Poli, investidor-anjo, Claudio Kawasaki, da SISCOM e Rodrigo Kede, gerente geral da IBM América Latina.
A Dr. Cuco falou sobre seu aplicativo gratuito que promove engajamento de pacientes com doenças crônicas, principalmente cardiopatas. Apesar de estar em fase de testes, o app pretende atuar como um assistente virtual, lembrando pacientes de seus compromissos, horários de consultas e medicamentos. A GridClass, sistema que gera horários de grades escolares, fez uma boa apresentação, mas pecou pela falta de alguns dados, como mostrar o valor do mercado no qual está inserido, gerando um certo desconforto ao tentar responder à questão.
A Intelipost, empresa de soluções de logística, posicionou bem sua atuação, estratégia, dados de mercado e faturamento, mostrando a experiência adquirida com um grande portfólio de clientes de organizações voltadas para o e-commerce. Seguindo a ordem, o Portal TeleMedicina apresentou sua proposta, na qual um software se conecta direto aos equipamentos médicos e envia, automaticamente, exames para especialistas realizarem o laudo. O interessante está na opção, já que o portal possibilita um barateamento de mais de 100% em alguns exames que o plano médico cobraria.
A startup RankMyApp mostrou sua solução, voltada para melhorar a usabilidade e download de aplicativos dentro de App Stores. A Vérios, startup voltada para pessoas que querem investir seu dinheiro de forma eficiente e descomplicada, trouxe uma aplicação voltada para o mercado de investimentos. A Nazar fez uma apresentação focada no quanto o monitoramento de acesso a uma plataforma pode beneficiar o cliente, mas também não apresentou dados específicos sobre o mercado no qual estão inseridos, que foi um dos pontos apontados pelo júri.
De todas as 300 startups inscritas, a Nazar e a Intelipost foram eleitas as melhores entre as sete finalistas, e foram as que mais agradaram o júri. Agora, além da etapa virtual, as empresas recebem créditos para desenvolver suas soluções no IBM Bluemix, plataforma de desenvolvimento na nuvem da IBM, que disponibiliza mais de 150 APIs. É válido ressaltar que todas as startups continuam recebendo apoio e mentoria da própria IBM, que indica os melhores caminhos e fortalecem o networking do ecossistema em questão.