A Fundação Wikimedia, que mantém a enciclopédia colaborativa virtual Wikipedia, informou ontem que começou a aceitar doações feitas com a moeda virtual bitcoin.

“Atualmente, nós aceitamos 13 métodos de pagamento diferentes, permitindo doações de quase todos os países do mundo, e hoje nós estamos adicionando mais um: bitcoin”, afirmou Lisa Gruwell, gerente financeira da Wikimedia, no blog da fundação. Esses métodos incluem desde transferências bancárias até pagamentos via Amazon e PayPal.

O bitcoin é transferido de uma carteira virtual para outra, sem passar por nenhuma instituição financeira, como bancos ou bandeiras de cartão de crédito. Assim, o sistema de pagamento não é regulado por nenhum governo ou sistema financeiro. Para garantir a privacidade das transações, os pontos da troca, ou seja, quem transfere e quem recebe as moedas, permanecem anônimos, mas a ida de bitcoins de um ponto a outro é registrada e continua público.

De acordo com a Wikimedia, o motivo para a inclusão do bitcoin entre as formas de doação foi para atender aos pedidos da comunidade. Também contribuiu um novo posicionamento divulgado em março da Receita Federal dos Estados Unidos, que, para incluir moedas virtuais como o bitcoin no sistema financeiro do país, passou a considerá-las como propriedades. Assim, para efeitos da incidência de tributos, as transações com as moedas passarão a tratá-las assim.

Para implementar a moeda virtual, a fundação contou com a ajuda da Coinbase, responsável por um dos sistemas de carteira eletrônica para moedas virtuais mais usados no mundo. A Coinbase também auxiliou a Dell a implantar seu sistema próprio para aceitar bitcoins. Antes dela, a moeda digital já havia sido abraçada pela agência de viagens Expedia e a loja de departamento on-line Overstock. No Brasil, o bitcoin começa a ser usado por lojas físicas, e a primeira casa de câmbio do país já começou a operar em Curitiba.

Com informações de G1