O Facebook anunciou hoje a aquisição do serviço de mensagens instantâneas WhatsApp por US$ 16 bilhões. A informação foi confirmada por um documento enviado à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil, que regula o mercado de ações.
Segundo o documento, o WhatsApp não será incorporado ao Facebook. A operação deverá transcorrer da mesma forma que aconteceu com o Instagram: o Facebook manterá o WhatsApp como uma subsidiária independente.
O pagamento será dividido da seguinte forma: US$ 12 bilhões em ações do Facebook e US$ 4 bilhões em dinheiro. A negociação ainda está sujeita à aprovação, mas deve ser concluída até o fim deste ano.
O Facebook já havia tentado comprar o WhatsApp pelo menos uma vez, em dezembro de 2012. Na época, o valor da proposta não foi divulgado.
Criado em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, dois ex-funcionários do Yahoo!, o WhatsApp é a segunda maior plataforma de mensagens instantâneas do mundo, com 450 milhões de usuários ativos por mês — o primeiro lugar é ocupado pelo WeChat, com 600 milhões de adeptos. De acordo com comunicado do Facebook, o aplicativo ganha cerca de 1 milhão de usuários por dia. O total de mensagens trocadas equivale ao total de mensagens de texto (SMS) enviadas em todo o mundo.
Mark Zuckerberg se manifestou sobre a compra em sua página, dizendo que o WhatsApp complementará o chat e os serviços de mensagens já existentes, dando “novas ferramentas para a comunidade”. Para ele, as duas aplicações – o Facebook Messenger e o mensageiro recém-adquirido – contam com públicos diferentes, e ambas seguirão independentes uma da outra e recebendo investimentos como acontece hoje.