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27 fev, 2013

Evolução do PC para nuvem pessoal levará a dispositivos ativados por sensores

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De acordo com o Gartner, a vida digital dos consumidores mudou do PC para a nuvem pessoal, e esse movimento levará a um novo tipo de interação entre as pessoas e seus serviços conectados.

Os consumidores vão usar e interagir com múltiplos aparelhos conectados e ativados por sensores, conduzidos por aplicações e serviços que criam ecossistemas conscientes, independentes de plataformas ou sistemas operacionais. “A computação consciente aprimora o dispositivo conectado e os serviços de nuvem pessoal, permitindo uma atividade de integração perfeita, ligada a aparelhos “invisíveis” e ativados por sensores, otimizados para um determinado conjunto de funções. Os dados e informações podem ser vinculados a outros serviços, pelos ecossistemas, plataformas e sistemas operacionais maiores”, afirmou Elia San Miguel, analista do Gartner.

A computação consciente é uma evolução natural de um mundo conduzido não por dispositivos, mas por coleções de aplicativos e serviços que se ampliam por meio de múltiplas plataformas e existem fora de telas conectadas, como telefones, tablets, PCs e TVs.

Como resultado, as aplicações são completamente cientes de ação e inação, não precisam ser ligadas/desligadas e fornecem uma maior quantidade de informações relevantes que podem, eventualmente, levar a uma mudança comportamental. Isso é algo impossível em aplicações ou dispositivos autossuficientes. Os consumidores não precisam adotar ou se comprometer totalmente com uma plataforma ou serviço. Podem adotá-los por meio de interação em longo prazo e compras feitas por funções, realizadas por tarefas de curto prazo.

“Uma das experiências da computação consciente é que os dispositivos que levam o conhecimento caem em um chamado ‘espaço invisível’. Definimos como uma combinação de aparelhos e serviços unidos para formar uma experiência que não se consegue perceber no dia a dia. Na prática, os consumidores esquecerão que carregam o aparelho, que ele está desgastado ou usado até que precisem interagir com os mesmos para controlar ou obter um retorno, em termos de dados ou de informação”, disse a analista do Gartner.

Relógio possibilita navegação na internet

Os dispositivos invisíveis e conscientes, que vão desde relógios de pulso e porta-chaves a termostatos e sapatos, são o equivalente digital de uma propriedade subdesenvolvida que pode se tornar extraordinariamente valiosa para o usuário, quando ligada aos serviços apropriados para ampliar o seu uso. Apesar de as ideias por trás dos atuais dispositivos conscientes estarem presentes há mais de uma década, a tecnologia “para vestir”, como a dos relógios inteligentes, na maioria das vezes, não ganha força junto ao consumidor. Isso acontece devido a altos custos, baixo valor percebido, ênfase na tecnologia sobre a forma e a necessidade de existirem como produtos autossuficientes e serviços que não podem se ligar a um ecossistema/plataforma maior.

“Os serviços e ecossistemas de nuvem pessoal são o centro da experiência do consumidor digital. Combinados com conexões cada vez mais onipresentes, os aparelhos conscientes oferecem novas oportunidades de conduzir à adoção de novos dispositivos, ao aumento serviços de nuvem pessoal e a agir como um ponto de inflexão para a adoção da plataforma do consumidor. Na medida em que os novos aparelhos digitais ficam menores, conectam-se a aplicações de automação residencial e de aptidão pessoal e aumentam a funcionalidade do usuário, teremos um crescimento do uso de múltiplos dispositivos nos lares”, afirmou Elia San Miguel.